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Você está em: Home»Música»Mercado»Precisamos Falar Sobre Streaming – parte 3: o jabá
O DJ norte americano Alan Freed, inventor do termo rock´n´roll foi preso na década de 60 por receber jabá (payola nos EUA)

Precisamos Falar Sobre Streaming – parte 3: o jabá

Rodrigo Lariú 26 jun 2017 Mercado Comentários desativados em Precisamos Falar Sobre Streaming – parte 3: o jabá 4096 Visualizações

Esse texto nasce de um papo no facebook sobre um assunto que interessa: jabá e streaming. Foi assim: o Maurício Bussab, pioneiro no uso da tecnologia na música através de sua ex-banda Bojo e hoje gerente na distribuidora independente Tratore, publicou uma opinião no facebook sobre a notícia de que o Spotify iria começar a testar a inserção de músicas patrocinadas nas playlists de usuários free (aqueles que não pagam mensalidade). Eis a opinião do Bussab:

Sobre o jabá do Spotify. Tem muita gente opinando e um artigo mimimi na Vice de hoje.

Olha vamos começar com o seguinte – é empresa privada, não é concessão, tem o direito de receber dinheiro de publicidade de qualquer tipo de acordo com o seu modelo de negócio. Se o povo não gostar eles vão perder audiência. Está certo e justo.

Mas a versão gratuita, a que tem o tal jabá, já tem propaganda de outros tipos. Este jabá que é a inserção de faixas por gravadoras grandes que podem pagar o alto custo, vai vir claramente marcado como conteúdo patrocinado e não existe se você paga 20 reais por mês. Quem está reclamando que estão colocando música a mais na versão grátis do produto feito por uma empresa privada, não entendeu o que é uma empresa privada.

Isso vai ajudar a trazer mais pagantes para o sistema, para benefício de todos, já que os artistas recebem várias vezes mais quando sua música é tocada por um pagante. Pague os 20 mangos por mês você também, fique livre do jabá e ajude os artistas.

Eu concordo em gênero, número e grau! Fiz questão de compartilhar o comentário do Bussab porque a minha timeline também ficou cheia de gente falando que era um absurdo o Spotify oficializar o jabá. E a micro matéria da Vice é algo de se execrar.

Na mesma semana saiu uma matéria bem maior no carioca O Globo relatando que os autores das 10 músicas mais tocadas no Spotify em 2016 receberam, em média, “apenas” R$400 por mês durante o ano. Com depoimentos de artistas ligados ao Procure Saber, o tom geral era de que os serviços de streaming deveriam pagar mais aos artistas. Também acho que os artistas deveriam receber mais, só que a lógica não permite isso, por enquanto. Eu já havia falado sobre isso neste texto aqui.

O “problema” da matéria do Globo é outro: a abordagem. Alinhados ao ECAD, ProMusica e Procure Saber são grupos formados por artistas que são grandes arrecadadores, a maioria deles com contratos antigos com gravadoras, que se mobilizaram para mudar o caminho do dinheiro do streaming em detrimento de 99% dos outros artistas.  Ao desviar o caminho do dinheiro dos contratos antigos com suas gravadoras (Spotify paga gravadora que fica com porcentabem grande e só depois paga artista), os grandes arrecadadores conseguiram convencer o Supremo Tribunal Federal que ouvir música em streaming é execução pública e, com isso, passam a receber também via ECAD, beneficiando a si próprios e ferrando com a vida de quem recebia alguns milésimos de centavos por mês (e nunca conseguiu receber corretamente via ECAD)

Gente, melhor vocês se decidirem: para pagar mais aos artistas, liberar o jabá é imprescindível.

A questão de porquê o Spotify tem o direito de incluir músicas pagas na playlist de ouvintes que não pagam pelo serviço me parece óbvia. Spotify e outros serviços de streaming ainda estão buscando um meio de se tornarem um negócio rentável.  Então, deixem o Spotify tentar achar maneiras de sobreviver, ok?

A comparação que muitos fizeram com o rádio não funciona. Esse meio é concessão pública e apesar das empresas de rádio também precisarem achar modos de funcionar, aceitar jabá é corrupção pura. A sensação ruim do jabá na rádio tinha a ver com uma época onde o meio ainda tinha força na divulgação de artistas. E mais: o espaço no playlist de uma rádio (essa sim execução pública) sempre foi menor. Rádios executam em média 12 músicas numa hora; rádios têm o poder de selecionar as músicas que querem tocar e você, ouvinte, só pode ouví-las (ou trocar de estação). Ouvir as mesmas músicas ao passear pelo dial nunca fez justiça à enorme variedade musical do Brasil.

No streaming, se você ouvir sem pular, serão as mesmas 12 ou 14 músicas (não estou contando hardcore rsrsrs). Mas é você quem escolhe o que vai ouvir, e muito provavelmente, as escutará sozinho no seu fone. Aonde está a execução pública nisso?

Por fim, se você não paga o Spotify, mas ainda assim tem acesso a milhões de músicas organizadas, em boa qualidade, com curadorias variadas, enfiar um jabá ai no meio não é melhor do que ouvir uma propaganda? Ou você realmente acredita em almoço grátis?

 

Precisamos falar sobre streaming: parte 1
Precisamos falar sobre streaming: parte 2

mercado mercado fonográfico spotify streaming 2017-06-26
Rodrigo Lariú
Tags mercado mercado fonográfico spotify streaming
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Autores

Autor: Rodrigo Lariú
começou a fazer o midsummer madness em 1989, deu um tempo e voltou a fanzinar. Adora documentários, história, aviação comercial antiga, trabalha em televisão e em produtoras, vascaíno praticante.
Artigo anterior:

Cherry Glazer – Apocalipstick

Próximo artigo:

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