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Precisamos falar sobre streaming (parte 1)

Rodrigo Lariú 26 mar 2017 Mercado, Música Comentários desativados em Precisamos falar sobre streaming (parte 1) 3209 Visualizações

Tenho lido muitos artigos sobre streaming para tentar entender melhor a tecnologia e o mercado. Os amiguinhos da música tendem a fazer cara feia e prognósticos pessimistas, principalmente do ponto de vista financeiro do artista e a capacidade de gerar receita com os “plays”. Já os coleguinhas do audiovisual se derretem de paixão pelo VOD (video on demand) principalmente sob os cuidados da nova maior rede de “televisão” do Mundo, o Netflix.

Estes artigos falam coisas sobre dois tipos de streaming – áudio e vídeo – que não concordo. Não sou expert no assunto mas fiquei com vontade de escrever a respeito principalmente depois de ler esta notícia sobre o Pharrell Williams no site Gambiarra e este artigo mal intencionado no site ILISP sobre a taxação no VOD. Como as explicações são longas, dividi o texto em parte 1 e parte 2.

Parte 1: para onde vai e como anda o streaming de música

No texto do Gambiarra (que é um bom site de entretenimento mas com notícias sem muita profundidade) o texto de 12 de março de 2017, escrito por Gabriel Guedes, relata uma situação vivida em 2014 (?!?!) pelo rapper norte-americano Pharell Williams quando, mesmo com 43 milhões de execuções de sua música “Happy” dentro da plataforma Pandora no 1º trimestre daquele ano, Pharell recebeu apenas 2700 dólares.

Não entendi muito bem o porquê do assunto ter retornado à pauta agora em 2017 pois a matéria do Gambiarra também cita um comentário de 2014 de um CEO da Sony Music (que recolhe os royalties de Pharell) e de um analista de mercado dizendo que o correto seria Pharell ter recebido aproximadamente 25 mil dólares. O artigo do Gambiarra não traz nenhum fato novo ao concluir, citando o também antigo imbroglio de Taylor Swift com Spotify, que os artistas continuam ganhando muito pouco com streaming musical, e ainda hoje, três anos depois do acontecido, parecem não se importar muito com o problema.

Além da Taylor Swift, do caso menos citado do Pharell Williams, a gente também ouviu muito falar, lá em 2015, do caso do Portishead com o Spotify, Apple e YouTube (quando 34 milhões de execuções renderam apenas 2500 dólares).

Ao ler a matéria do Gambiarra eu fiquei me perguntando o porquê da pauta aparentemente fora do tempo. Sim, eu entendo que aos olhos do público leigo e da maioria dos artistas, o baixíssimo valor pago pelos serviços de streaming ainda é um ponto negativo. Mas em 2014 e 2015 isso parecia ser um problema. Hoje em dia me parece assunto passado (vale a pena estudar esta linha do tempo da história do streaming)

A coceira que me deu com o texto do Gambiarra foi por causa da impressão de que muitos jornalistas, artistas e o público ainda não entenderam o novo cenário. Antes que você fique com coceiras ai do outro lado da tela, pensando que eu estou defendendo a merreca que é paga hoje em dia, deixe me dizer que não sou a favor. Valores de milésimos de centavos de dólar não me parecem justos também. Mas, quando você assina um contrato e aceita as regras do jogo, fica muito feio espernear depois.

Tive recentemente uma experiência parecida com uma banda do midsummer madness, a Tom Gangue. Seu 2º EP intitulado “Grande Esperança” (que título apropriado, não?) lançado em janeiro de 2016, teve a música “Baladinha” (que acabou de ganhar um lindo videoclipe) incluída numa playlist popular do Spotify e isso fez disparar as execuções da música. Hoje, enquanto escrevo, “Baladinha” tem exatas 218.478 execuções, disparada a música mais ouvida de todas as músicas de bandas do midsummer madness no Spotify. No final de 2016, ao checar os relatórios de pagamentos, a banda e o selo tinham direito a R$173,00, já descontadas a porcentagem de nossas distribuidoras (Tratore e Orchard). Reclamamos? Não. Melhor isso do que nada. Poderia ser mais? Óbvio que sim, seria ótimo receber US$1 por cada execução de “Baladinha”…

Mas dai eu volto à vocês com algumas palavras sábias que ouvi durante as entrevistas que fiz em 2014 e 2015 para a série “O Outro Lado do Disco“, sobre gravadoras independentes brasileiras, que foi coproduzida pelo midsummer madness para o Canal Brasil. Sobre o assunto streaming, algumas frases não saíram da minha cabeça: Bernardo Palmeira, do selo Bolacha e do site de financiamento coletivo Embolacha, disse que “streaming é o lugar onde todos tem que estar“. Ele disse que para um artista ter visibilidade hoje em dia, é necessário estar nos serviços de streaming pois é o meio mais fácil de espalhar sua música para o mundo todo. E isso é uma enorme verdade: quando você ouve falar de um artista, ou um amigo te indica um disco e você procura no Spotify, no Deezer, na Apple e não acha, fica tudo mais complicado, não?

Além disso, melhor que se pague alguns milésimos de centavos de dólar do que ter sua música reproduzida e receber absolutamente nada, zero, p**#$ nenhuma. Não é?

Para corroborar a informação, a pesquisa que o midsummer madness fez no final de 2016 e começo de 2017 com mais de 1000 pessoas, para saber como elas ouvem música, mostrou claramente como uma parte do público, que nós imaginamos ser fissurado em música como você, o típico leitor deste sítio de informações, prefere o streaming. Os gráficos mostraram que quase 70% usam o streaming (via celular ou computador) contra quase 30% que preferem ouvir vinil e parcos 15% que ainda ouvem CD.

Outra explicação que me lembro bastante das entrevistas feitas para a série “O Outro Lado do Disco” foi a do Henrique Fares, gerente de relações com gravadoras do Deezer no Brasil sobre o porquê de se pagar tão pouco aos artistas. Numa simplificação que obviamente não encerra o assunto, ele comparou o quanto se vendia antes, numa loja de discos físicos “normal” e o quanto se vende hoje.

Antigamente, uma grande loja tinha nas prateleiras aproximadamente 200 a 300 discos à venda. Quem quisesse comprar algo, poderia gastar seu dinheiro apenas com esta ínfima parcela de artistas que chegavam às lojas. Hoje em dia, com a “loja” do streaming, a prateleira oferece dezenas de milhões de músicas e álbuns, e tudo a um preço fechado. A conta simplificada é essa: R$30 de um disco dividido por 200 ou 300 artistas em comparação a R$14,90 (preço do serviço premium do Spotify no Brasil) dividida por milhões de artistas. E mais: estes milhões de artistas recebem por zilhões de execuções enquanto antigamente se recebia pelo produto acabado. Conclusão: é óbvio que o valor será de milésimos de centavos.

Mais um vez, mesmo ao ouvir essa explicação ultra didática do Henrique, não fiquei exatamente feliz. O valor para os artistas deveria ser melhor. Mas o que isso significaria? É o que se discute hoje no mercado fonográfico: aumentar o valor da assinatura? Ou diminuir o número de pessoas que assinam os serviços gratuitos de streaming, convertendo assinantes gratuitos em pagadores e assim aumentando o bolo? Algumas ações neste sentido começam a ser encaminhadas, com o Spotify anunciando que irá restringir as facilidades àqueles que não pagam nada.

A matemática do streaming: dinheiro do bolo é dividido pela quantidade de “plays” da sua música, com 70% para os donos da master. (fonte Stereogum)

Para pagar todos artistas, a conta é bem difícil de fechar; por isso o Gizmodo fez esta lista de empresas de streaming que estão mal das pernas ou fodidas, como prefere o artigo. O artigo lista também as mais ou menos fodidas e as pouco fodidas. Veja que não existe ainda uma lista de empresas que vão bem no mercado de streaming musical. A listagem inclusive termina com as empresas que já faliram nesse mercado, com Rdio e Grooveshark entre as finadas mais conhecidas.

A única boa notícia sobre o assunto vem de uma empresa brasileira chamada Superplayer, que tem planos de R$8,90 mensais que possibilitam audição offline (o que reduz o gasto com banda larga) e usa chatbots como curadores de playlists. Confesso que meu conhecimento de T.I. ainda não chegou tão longe. A conferir.

Tá, mas qual foi a minha coceira com o artigo da Gambiarra então? Simples, essa penca de informação rolando a respeito do assunto, e ainda estão falando de casos de 2014, 2015? Me deu a sensação de artigo ultrapassado e de pessoas desinformadas. Esse papo de que se paga pouco, etc, precisa evoluir. Posto como as coisas estão hoje, a notícia do Gambiarra é muito desatualizada.

Eu gostaria de ver discussões sobre como dividir melhor o dinheiro do streaming correndo para este lado. Afinal, se hoje é possível rastrear qualquer movimento que fazemos na internet, porque não é possível fazer o dinheiro transitar melhor? Eu adoraria que meus R$14,90 fossem direto para a Molly Burch, para o Goon Sax ou para o Tom Gangue. Falo isso correndo o risco de estar sugerindo besteira, por pura ignorância das engrenagens, mas não seria lindo a gente chegar num modelo onde a sua mensalidade de streaming fosse direcionada para seus artistas favoritos e não para o bolo? Ou que o artista fosse realmente capaz de cortar os intermediários e receber direto dos serviços de streaming?

(obs. 1: dai o mmrecords deixaria de existir, mas e dai?)

(obs. 2: por isso gosto tanto do bandcamp)

O assunto que os dois artigos, do Gambiarra e ILIS, tem em comum é o streaming e como fica o dinheiro nestes novos arranjos que as mudanças tecnológicas trouxeram para o consumo de conteúdos culturais. Ambos artigos também tem em comum a falta pesquisa e informação sobre o assunto. Por isso achei que deveria dar meu tostão de colaboração ao assunto.

E agora? Vamos falar sobre streaming?

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apple music deezer mercado mercado fonográfico pandora spotify streaming 2017-03-26
Rodrigo Lariú
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Autores

Autor: Rodrigo Lariú
começou a fazer o midsummer madness em 1989, deu um tempo e voltou a fanzinar. Adora documentários, história, aviação comercial antiga, trabalha em televisão e em produtoras, vascaíno praticante.
Artigo anterior:

Molly Burch – Please Be Mine

Próximo artigo:

Precisamos falar sobre streaming (parte 2)

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