midsummer madness zine desde 1989

  • Home
  • Música
    • Lançamentos e Resenhas
    • Discoteca Básica
    • Mercado
    Novo Dinosaur Jr a caminho.

    Novo Dinosaur Jr a caminho.

    Rodrigo Lariú 23 fev 2021
    • Checklist: Graywave

      Checklist: Graywave

      Rodrigo Lariú 14 fev 2021
    • Da mesma fonte de Neutral Milk Hotel e Olivia Tremor Control: conheça o Immaterial Possession

      Da mesma fonte de Neutral Milk Hotel e Olivia Tremor Control: conheça o Immaterial Possession

      Rodrigo Lariú 13 fev 2021
    • Conheça o Topographies, banda do filho de um ex-The Cure

      Conheça o Topographies, banda do filho de um ex-The Cure

      Rodrigo Lariú 07 fev 2021
  • Cinema & TV
    Filme sobre a Creation, produzido por Danny Boyle, tem estreia anunciada

    Filme sobre a Creation, produzido por Danny Boyle, tem estreia anunciada

    Rodrigo Lariú 16 jan 2021
    • In-Edit Brasil 2020 anuncia programação

      In-Edit Brasil 2020 anuncia programação

      Rodrigo Lariú 06 set 2020
    • Documentário conta sobre evento que inspirou Burning Man, Lollapalooza e Coachella

      Documentário conta sobre evento que inspirou Burning Man, Lollapalooza e Coachella

      Rodrigo Lariú 13 jul 2020
    • Festivais unidos online!

      Festivais unidos online!

      Rodrigo Lariú 29 maio 2020
    • Finn Wolfhard, o Mike de Stranger Things tem outra banda. E (de novo) não é ruim.

      Finn Wolfhard, o Mike de Stranger Things tem outra banda. E (de novo) não é ruim.

      Rodrigo Lariú 17 jan 2020
    • Três documentários para você entender o quanto o Mundo está ferrado

      Três documentários para você entender o quanto o Mundo está ferrado

      Rodrigo Lariú 27 jul 2019
    • Dicas do que assistir no In-Edit 2019 – e de graça!

      Dicas do que assistir no In-Edit 2019 – e de graça!

      midsummer madness 13 jun 2019
    • Documentário sobre The Chills revela urgência da arte e da vida

      Documentário sobre The Chills revela urgência da arte e da vida

      Rodrigo Lariú 03 abr 2019
    • O dia em que Johnny Rotten, Marky Ramone e Henry Rollins quase cairam na porrada

      O dia em que Johnny Rotten, Marky Ramone e Henry Rollins quase cairam na porrada

      Rodrigo Lariú 14 mar 2019
  • Impresso
    • zines.mus.br
    O último midsummer madness em papel – MM#8 abril 1996

    O último midsummer madness em papel – MM#8 abril 1996

    Rodrigo Lariú 16 ago 2017
    • zine.mus.br: Scream & Yell #1 a 6

      zine.mus.br: Scream & Yell #1 a 6

      midsummer madness 08 abr 2017
    • zine.mus.br: Papelote

      zine.mus.br: Papelote

      midsummer madness 16 mar 2017
    • zine.mus.br: Euthanasia – ano II – nº 3

      zine.mus.br: Euthanasia – ano II – nº 3

      Rodrigo Lariú 24 fev 2017
  • Cotidiano
    • Internet
    • Packlisting
    • Tecnologia
    Badly Drawn Guy: Sineval Almeida 1970-2019

    Badly Drawn Guy: Sineval Almeida 1970-2019

    Rodrigo Lariú 24 jan 2020
    • Internet do bem: três ações simples para navegar mais “verde”

      Internet do bem: três ações simples para navegar mais “verde”

      Rodrigo Lariú 09 dez 2019
    • DIIV anuncia lançamento do 3º álbum (e lança clipe depois de 6 anos)

      DIIV anuncia lançamento do 3º álbum (e lança clipe depois de 6 anos)

      Rodrigo Lariú 18 set 2019
    • Boaty Weekender – Um cruzeiro muito louco

      Boaty Weekender – Um cruzeiro muito louco

      Raquel Gariani 26 ago 2019
  • Electric Radio

    Hertz

    midsummer madness 17 ago 2019
    • Pauleta 80/90

      midsummer madness 17 ago 2019
    • Xadabruxa

      midsummer madness 17 ago 2019
    • midsummer madness sessions

      midsummer madness sessions

      midsummer madness 05 ago 2019
    • Buzz

      Buzz

      midsummer madness 05 ago 2019
    • Sala de Escuta

      midsummer madness 17 ago 2018
    • Pink Moon

      midsummer madness 17 ago 2018
    • Lado Goo

      midsummer madness 17 ago 2018
    • Estéreo

      midsummer madness 17 ago 2018
Você está em: Home»Música»Mercado»Sincerão

Sincerão

Rodrigo Lariú 08 jul 2017 Mercado Comentários desativados em Sincerão 8073 Visualizações

Há alguns dias atrás fui convidado a montar a banquinha de discos na Feira de Selos e Publicações Independentes que a Balaclava produz. Deve ser a terceira ou quarta edição da feira, e desta vez as banquinhas estavam sortidas. Além do midsummer madness também compareceram Sinewave, Assustado, Nada Nada, PWR, Freak Studio, HBB, Risco, Lab Fantasma, Highlight, entre outros. Só o fino.

Como montamos banquinha desde 1995, o espaço tem um quê de sacerdócio para gente. Sempre aproveitamos o cara-a-cara com nosso público para saber o quanto as pessoas não conhecem as bandas (eu disse NÃO conhecem) e tentar divulgar o trabalho.

Nestas duas décadas de banquinha aprendemos que, independente das vendas, o recado precisa ser passado. Por isso, há alguns anos deixamos literalmente exposta na mesa nossas ideias e posições. Pois bem, na última Feira de Selos nós colocamos o famoso cartaz que ilustra esta matéria, com o pedido: “Vai comprar para dar uma força? Não compre. A gente não precisa da sua força, queremos que você genuinamente goste das bandas. Foda-se a cena. Foda-se o hype”

Graças às redes sociais, esse posicionamento tomou proporções nunca antes imaginadas. E é por isso que resolvi escrever este texto, para reforçar a ideia.

Importante enfatizar que o rompante de sinceridade não é algo recente: esse mesmo cartaz já esteve em outras banquinhas do midsummer madness, você é que não prestou atenção ou esqueceu de postar nas redes sociais. Falei sobre esse posicionamento inclusive num documentário de 2015 sobre a “cena” (eu sou o nervosinho no vídeo abaixo em 01:35)

Enquanto escrevo esse texto, são mais de 17.100 visualizações, 58 compartilhamentos e 1600 cliques na foto, fora as dezenas de papos que surgiram nos compartilhamentos. De uma maneira geral as pessoas concordam com o posicionamento, a maioria me chamando de “sincerão”.

Ainda não entendi se é um elogio, mas sejamos sinceros: porque você compraria o disco de uma banda se você não gosta tanto assim? Entre as milhares de respostas possíveis, “para dar uma força” é a que eu mais tenho ouvido nestas duas décadas de banquinha. Teve uma época que eu achava legal, mas vendo no que isso se transformou, eu peço, em nome das bandas: se for só para dar uma força, NÃO COMPRE!

Não compre porque você vai estar juntando tranqueira na sua casa. Mas o principal motivo para você não comprar é que essa não é uma relação saudável com a banda e (argh) com a cena. As bandas fazem música, entre outros motivos, para te tocar, te sensibilizar. Se não te toca, ela não serve para você. Piedade não constrói movimento artístico; amor, paixão, idolatria, sinceridade sim.

Me parece tão básico, não entendi o porquê do espanto das pessoas.

Se você gosta da banda, você vai querer ter o disco, a camisa, o autógrafo. Se você gosta da banda, você vai querer ir no show e vai esperar ansiosamente pelo momento quando elxs vão tocar aquela que é sua favorita. E você vai pagar para entrar no show, não vai ficar mendigando para entrar de graça. Você vai seguir a banda e preferir vê-la ao vivo no seu bar favorito, com seus amigos e não no Lolapalooza, onde sua banda é mais uma roupa em exposição na vitrine de um shopping e você e aquele monte de desconhecidos estão domesticados na disneylândia dos descolados.

É simples: compre porque gosta; vá aos shows porque ama e precisa. Não vá por piedade. É um erro dar uma força porque você está enganando também ao artista, tornando-o preguiçoso e mal acostumado a fazer qualquer bosta. Não se deixe enganar pela quantidade de cliques ou número de visualizações, só dê um “curtir” se você realmente curtiu. Fique feliz de se acabar dançando sozinho aquela música daquela banda que não é e nunca será o hype do momento e que tem poucos cliques.

Em 1993, no Hollywood Rock, eu, Dodô, Maradona, Lívia e Leandro entrevistamos quase sem querer o Kurt Cobain (um dia eu conto a minha versão desta estória, um pouco diferente desta do Dodô). Eu falei pro líder do Nirvana que existiam bandas muito boas no Brasil: Second Come, Killing Chainsaw, Pin Ups… não me lembro exatamente quais citei, mas qualquer dia eu transcrevo a íntegra do papo. Se não me engano, cheguei a dizer que gostava mais destas bandas do que do próprio Nirvana, não tenho certeza. Se não disse, era o que eu pensava.

Eu me lembro muito bem do que o Kurt falou: que era importante ter orgulho da sua “cena”, que o movimento de Seattle só tinha acontecido porque as pessoas compareciam aos shows, compravam os discos e realmente gostavam das bandas da cidade. Gostar, ter orgulho, é bem diferente de dar uma força.

Outra coisa me intriga: o post dessa frase no facebook do midsummer madness é disparado o mais visto de anos de publicações. Qualquer foto, vídeo ou mensagem avisando de lançamentos, shows ou coisas produtivas postada na rede social chega perto de, na média, um milésimo de atenção que as pessoas deram ao meu “rompante”. Fico com a impressão de que as pessoas gostam é de causação.

Agora, me pergunta se eu vendi pra caralho nesse dia? Eu vendi pouquíssimo mas espero ter vendido discos que terão lugares especiais nas coleções de quem comprou.

Vocês… sempre tão sincerões!

independente kurt cobain mercado mercado fonográfico midsummer madness mmrecords nirvana 2017-07-08
Rodrigo Lariú
Tags independente kurt cobain mercado mercado fonográfico midsummer madness mmrecords nirvana
Twitter Facebook linkedin Mais

Autores

Rodrigo Lariú
Autor: Rodrigo Lariú
começou a fazer o midsummer madness em 1989, deu um tempo e voltou a fanzinar. Adora documentários, história, aviação comercial antiga, trabalha em televisão e em produtoras, vascaíno praticante.
Artigo anterior:

Gabriella Cohen – Full Closure and No Details

Próximo artigo:

Indie soul power! Algiers

Artigos relacionados

Precisamos Falar Sobre Streaming – parte 3: o jabá

Precisamos Falar Sobre Streaming – parte 3: o jabá

Rodrigo Lariú 26 jun 2017
Precisamos falar sobre streaming (parte 1)

Precisamos falar sobre streaming (parte 1)

Rodrigo Lariú 26 mar 2017
College Radios norte americanas ainda importam?

College Radios norte americanas ainda importam?

Rodrigo Lariú 11 fev 2017

Midsummer Madness
zine desde 1989

Criado no inverno carioca de 1989, o fanzine midsummer madness teve 9 ou 10 edições impressas. Em 1994 se transmutou na gravadora independente de mesmo nome - saiba mais em mmrecords.com.br Atualmente é tudo isso e um pouco mais, com a ajuda de amigos.


Lista de autores | Contato

Siga-nos

Tags

checklist cocteau twins documentário electric radio iggy pop indie jesus and mary chain lançamentos melhores discos 2017 my bloody valentine ride shoegazer slowdive teenage fanclub álbuns 2017
© Midsummer Madness 1989-2020