midsummer madness zine desde 1989

  • Home
  • Música
    • Lançamentos e Resenhas
    • Discoteca Básica
    • Mercado
    Uma playlist só de covers

    Uma playlist só de covers

    Rodrigo Lariú 29 mar 2025
    • A banda menos grunge do grunge: como foi o show do Mudhoney em BH

      A banda menos grunge do grunge: como foi o show do Mudhoney em BH

      Igor Monteiro 26 mar 2025
    • Treze lançamentos para refrescar sua playlist

      Treze lançamentos para refrescar sua playlist

      Rodrigo Lariú 10 mar 2025
    • E dai a Kim Deal resolve lançar um álbum solo…

      E dai a Kim Deal resolve lançar um álbum solo…

      Rodrigo Lariú 29 ago 2024
  • Cinema & TV
    Nova safra de documentários musicais

    Nova safra de documentários musicais

    Rodrigo Lariú 19 set 2024
    • O filme “Kids” e o maior hit do Lou Barlow (Sebadoh, Dinosaur Jr)

      O filme “Kids” e o maior hit do Lou Barlow (Sebadoh, Dinosaur Jr)

      Rodrigo Lariú 14 jul 2023
    • Is Punk Dead? Três documentários sobre o movimento

      Is Punk Dead? Três documentários sobre o movimento

      Rodrigo Lariú 12 ago 2022
    • Filme sobre a Creation, produzido por Danny Boyle, tem estreia anunciada

      Filme sobre a Creation, produzido por Danny Boyle, tem estreia anunciada

      Rodrigo Lariú 16 jan 2021
    • In-Edit Brasil 2020 anuncia programação

      In-Edit Brasil 2020 anuncia programação

      Rodrigo Lariú 06 set 2020
    • Documentário conta sobre evento que inspirou Burning Man, Lollapalooza e Coachella

      Documentário conta sobre evento que inspirou Burning Man, Lollapalooza e Coachella

      Rodrigo Lariú 13 jul 2020
    • Festivais unidos online!

      Festivais unidos online!

      Rodrigo Lariú 29 maio 2020
    • Finn Wolfhard, o Mike de Stranger Things tem outra banda. E (de novo) não é ruim.

      Finn Wolfhard, o Mike de Stranger Things tem outra banda. E (de novo) não é ruim.

      Rodrigo Lariú 17 jan 2020
    • Três documentários para você entender o quanto o Mundo está ferrado

      Três documentários para você entender o quanto o Mundo está ferrado

      Rodrigo Lariú 27 jul 2019
  • Impresso
    • zines.mus.br
    Zine especial de 30 anos do midsummer madness

    Zine especial de 30 anos do midsummer madness

    Rodrigo Lariú 30 jun 2023
    • O último midsummer madness em papel – MM#8 abril 1996

      O último midsummer madness em papel – MM#8 abril 1996

      Rodrigo Lariú 16 ago 2017
    • zine.mus.br: Scream & Yell #1 a 6

      zine.mus.br: Scream & Yell #1 a 6

      midsummer madness 08 abr 2017
    • zine.mus.br: Papelote

      zine.mus.br: Papelote

      midsummer madness 16 mar 2017
  • Cotidiano
    • Internet
    • Packlisting
    • Tecnologia
    Badly Drawn Guy: Sineval Almeida 1970-2019

    Badly Drawn Guy: Sineval Almeida 1970-2019

    Rodrigo Lariú 24 jan 2020
    • Internet do bem: três ações simples para navegar mais “verde”

      Internet do bem: três ações simples para navegar mais “verde”

      Rodrigo Lariú 09 dez 2019
    • DIIV anuncia lançamento do 3º álbum (e lança clipe depois de 6 anos)

      DIIV anuncia lançamento do 3º álbum (e lança clipe depois de 6 anos)

      Rodrigo Lariú 18 set 2019
    • Boaty Weekender – Um cruzeiro muito louco

      Boaty Weekender – Um cruzeiro muito louco

      Raquel Gariani 26 ago 2019
  • mmrecords
    • Bandas
    • Loja
  • Podcasts
Você está em: Home»Música»Mercado»Precisamos Falar Sobre Streaming – parte 3: o jabá
O DJ norte americano Alan Freed, inventor do termo rock´n´roll foi preso na década de 60 por receber jabá (payola nos EUA)

Precisamos Falar Sobre Streaming – parte 3: o jabá

Rodrigo Lariú 26 jun 2017 Mercado Comentários desativados em Precisamos Falar Sobre Streaming – parte 3: o jabá 4547 Visualizações

Esse texto nasce de um papo no facebook sobre um assunto que interessa: jabá e streaming. Foi assim: o Maurício Bussab, pioneiro no uso da tecnologia na música através de sua ex-banda Bojo e hoje gerente na distribuidora independente Tratore, publicou uma opinião no facebook sobre a notícia de que o Spotify iria começar a testar a inserção de músicas patrocinadas nas playlists de usuários free (aqueles que não pagam mensalidade). Eis a opinião do Bussab:

Sobre o jabá do Spotify. Tem muita gente opinando e um artigo mimimi na Vice de hoje.

Olha vamos começar com o seguinte – é empresa privada, não é concessão, tem o direito de receber dinheiro de publicidade de qualquer tipo de acordo com o seu modelo de negócio. Se o povo não gostar eles vão perder audiência. Está certo e justo.

Mas a versão gratuita, a que tem o tal jabá, já tem propaganda de outros tipos. Este jabá que é a inserção de faixas por gravadoras grandes que podem pagar o alto custo, vai vir claramente marcado como conteúdo patrocinado e não existe se você paga 20 reais por mês. Quem está reclamando que estão colocando música a mais na versão grátis do produto feito por uma empresa privada, não entendeu o que é uma empresa privada.

Isso vai ajudar a trazer mais pagantes para o sistema, para benefício de todos, já que os artistas recebem várias vezes mais quando sua música é tocada por um pagante. Pague os 20 mangos por mês você também, fique livre do jabá e ajude os artistas.

Eu concordo em gênero, número e grau! Fiz questão de compartilhar o comentário do Bussab porque a minha timeline também ficou cheia de gente falando que era um absurdo o Spotify oficializar o jabá. E a micro matéria da Vice é algo de se execrar.

Na mesma semana saiu uma matéria bem maior no carioca O Globo relatando que os autores das 10 músicas mais tocadas no Spotify em 2016 receberam, em média, “apenas” R$400 por mês durante o ano. Com depoimentos de artistas ligados ao Procure Saber, o tom geral era de que os serviços de streaming deveriam pagar mais aos artistas. Também acho que os artistas deveriam receber mais, só que a lógica não permite isso, por enquanto. Eu já havia falado sobre isso neste texto aqui.

O “problema” da matéria do Globo é outro: a abordagem. Alinhados ao ECAD, ProMusica e Procure Saber são grupos formados por artistas que são grandes arrecadadores, a maioria deles com contratos antigos com gravadoras, que se mobilizaram para mudar o caminho do dinheiro do streaming em detrimento de 99% dos outros artistas.  Ao desviar o caminho do dinheiro dos contratos antigos com suas gravadoras (Spotify paga gravadora que fica com porcentabem grande e só depois paga artista), os grandes arrecadadores conseguiram convencer o Supremo Tribunal Federal que ouvir música em streaming é execução pública e, com isso, passam a receber também via ECAD, beneficiando a si próprios e ferrando com a vida de quem recebia alguns milésimos de centavos por mês (e nunca conseguiu receber corretamente via ECAD)

Gente, melhor vocês se decidirem: para pagar mais aos artistas, liberar o jabá é imprescindível.

A questão de porquê o Spotify tem o direito de incluir músicas pagas na playlist de ouvintes que não pagam pelo serviço me parece óbvia. Spotify e outros serviços de streaming ainda estão buscando um meio de se tornarem um negócio rentável.  Então, deixem o Spotify tentar achar maneiras de sobreviver, ok?

A comparação que muitos fizeram com o rádio não funciona. Esse meio é concessão pública e apesar das empresas de rádio também precisarem achar modos de funcionar, aceitar jabá é corrupção pura. A sensação ruim do jabá na rádio tinha a ver com uma época onde o meio ainda tinha força na divulgação de artistas. E mais: o espaço no playlist de uma rádio (essa sim execução pública) sempre foi menor. Rádios executam em média 12 músicas numa hora; rádios têm o poder de selecionar as músicas que querem tocar e você, ouvinte, só pode ouví-las (ou trocar de estação). Ouvir as mesmas músicas ao passear pelo dial nunca fez justiça à enorme variedade musical do Brasil.

No streaming, se você ouvir sem pular, serão as mesmas 12 ou 14 músicas (não estou contando hardcore rsrsrs). Mas é você quem escolhe o que vai ouvir, e muito provavelmente, as escutará sozinho no seu fone. Aonde está a execução pública nisso?

Por fim, se você não paga o Spotify, mas ainda assim tem acesso a milhões de músicas organizadas, em boa qualidade, com curadorias variadas, enfiar um jabá ai no meio não é melhor do que ouvir uma propaganda? Ou você realmente acredita em almoço grátis?

 

Precisamos falar sobre streaming: parte 1
Precisamos falar sobre streaming: parte 2

mercado mercado fonográfico spotify streaming 2017-06-26
Rodrigo Lariú
Tags mercado mercado fonográfico spotify streaming

Autores

Autor: Rodrigo Lariú
começou a fazer o midsummer madness em 1989, deu um tempo e voltou a fanzinar. Adora documentários, história, aviação comercial antiga, trabalha em televisão e em produtoras, vascaíno praticante.
Artigo anterior:

Cherry Glazer – Apocalipstick

Próximo artigo:

10.000 Russos: Peso, repetição, psicodelia e estrada

Artigos relacionados

Sincerão

Sincerão

Rodrigo Lariú 08 jul 2017
College Radios norte americanas ainda importam?

College Radios norte americanas ainda importam?

Rodrigo Lariú 11 fev 2017
Último Trem para Mofolândia (ou como preservar suas fitas de áudio)

Último Trem para Mofolândia (ou como preservar suas fitas de áudio)

Rodrigo Lariú 30 ago 2019

Criado no inverno carioca de 1989, o fanzine midsummer madness teve 9 ou 10 edições impressas. Em 1994 se transmutou na gravadora independente de mesmo nome - saiba mais em mmrecords.com.br Atualmente é tudo isso e um pouco mais, com a ajuda de amigos.
Lista de autores | Contato

  • Bandcamp
  • Instagram
  • Spotify
  • TikTok
  • YouTube
©midsummer madness produções audiovisuais ltda 1989-2025