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Você está em: Home»Cinema & TV»Quando éramos darks – B-Movie: Lust & Sound in West Berlin

Quando éramos darks – B-Movie: Lust & Sound in West Berlin

Rodrigo Lariú 21 ago 2017 Cinema & TV Comentários desativados em Quando éramos darks – B-Movie: Lust & Sound in West Berlin 7187 Visualizações

No final dos ano 80, uma parte da imprensa resolveu chamar de darks as pessoas que gostavam do pós punk de textura mais gótica. Era uma “tribo” que se vestia de preto, gostava de Cure, Echo & the Bunnymen, Siouxsie & the Banshees, tinha cabelos escuros espetados e preferia cinema europeu.

(leia escutando esta playlist)

Espero que você já tenha percebido que o título desta resenha é irônico. Sim, porque a superficialidade do rótulo deixa escapar tudo que o filme “B-Movie: Lust & Sound in West Berlim“ retrata fielmente da época.

Lançado em 2015, produzido e dirigido pelos alemães Jörg A. Hoppe, Hieko Lange e Klaus Maeck, conta a estória de Mark Reeder, produtor e músico de Manchester, que fascinado pela insularidade da Berlim pós-guerra, se muda para a cidade afim de conhecer sua vida cultural e acaba vivendo lá pelos 10 anos mais vibrantes da cidade, talvez só comparáveis à boêmia da República de Weimar.

Apesar do aviso de que fatos e personagens retratados no filme são ficcionais, boa parte do material usado em “B-Movie” é documental. Passeiam pelo filme figuras como Gudrum Gut (vocalista gatíssima da banda Malaria!, a da esquerda na foto acima), Nick Cave, Blixa Bargeld, Christiane F. (ela própria, foto abaixo), o DJ Westbam, Einstürzende Neubaten, Die Toten Hosen, Nena (aquela do “99 Luftballoons”), todos em carne e osso, e na plenitude de sua juventude. Todo esse pessoal aparece em imagens da época, resgatada de arquivos VHS e 16 mm.

Mark Reeder conversa com a Christiane F. real em seu B-Movie

A vibe da cidade “com a melhor música, as mulheres mais bonitas e as melhores drogas” é contada por quem estava lá. Reeder narra com detalhes sinceros a vida na cidade durante a década que antecedeu queda do Muro. Nesse período, Berlim fervilhava. Uma ilha encravada no meio da Alemanha Oriental, a cidade representava a urgência e a claustrofobia de um mundo dividido pela Guerra Fria. E os personagens de sua vida cultural mais underground vomitavam isso após longas madrugadas.

Primeiro como um observador, Reeder mostra artistas de vanguarda como Keith Haring, Thierry Noir, Tilda Swinton (ela mesma, a atriz) ocupando espaços de Berlim, tudo com imagens reais e emocionantes. Depois Reeder começa a se envolver ativamente na cena local. Vira empresário da banda punk Die Toten Hosen (Reeder foi o responsável pelo show secreto da banda na Berlim Oriental), organiza um show do Joy Division na cidade quatro meses antes do suicídio de Ian Curtis, vira o  “faz-tudo” da banda Malaria!, se torna apresentador da TV britânica como correspondente em Berlim e cria o selo de música eletrônica MFS.

Reeder no backstage do show do Joy Division que ele produziu em Berlim nos anos 80

E nada disso é spoiler, trata-se da vida real. Como produtor, Reeder viria a descobrir o mega-DJ Paul Van Dyk em 1991, já fora da época retratada por seu “B-Movie”. Mas o caminho para chegar a Van Dyk é mostrado na parte final de seu relato. Em 1986, com a popularização da música eletrônica, Reeder lança a banda Shark Vegas, que teve single lançado pela gravadora Factory inglesa, produzido por Bernard Sumner (New Order). O quarteto de Manchester aparece no filme durante sua passagem por Berlim.

À parte da história pessoal de Reeder, Berlim e a sua vida cultural são o mais fascinante de “B-Movie”. Suas incursões pela vida noturna berlinense, em certo momento ciceroneado por Blixa Bargeld, mostrando bares como o influente S.O. 36, as lojas de discos, as performances e principalmente seus personagens. Nick Cave aparece na parte final, como hóspede de Reeder. Anne Clark e Einstürzende Neubaten também têm destaque, com imagens raríssimas da época.

O mais interessante do filme é justamente passar o clima da época. Berlim era mística, boêmia, suas criações e dúvidas, um laboratório descontrolado para as questões dos anos 80. A mistura de imagens reais como pequenas dramatizações é tão bem feita que você fica na dúvida se são reais ou não. A narração de Reeder é sincera e cativante. Está tudo ali: as dúvidas, o existencialismo, o sexo, as drogas e principalmente a música.

A trilha é um orgasmo à parte com Sex Pistols, Joy Division, Malaria!, Edgar Froese, Anne Clark, David Bowie, Einstürzende Neubaten, Die Ärtze, Die Toten Hosen. Mas eu duvido que “You Need the Drugs” do Westbam não fique na sua cabeça por dias depois de ver o filme. Se você gosta de música e história do underground, “B-Movie: Lust and Sound in West Berlin” é obrigatório.

Geil!

Assista a B-Movie se você...

Se você gostou do filme "Control"
Se você gosta de pós punk
Se você gosta de Nick Cave
Nota

Documentário quase drama conta a estória de um inglês de Manchester que se muda para Berlim Ocidental em sua década mais vibrante. Com raras imagens de arquivo, a história da música e da arte underground dos anos 80 está toda representada aqui

Nota final 4.1
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4.4
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Rodrigo Lariú
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Autores

Autor: Rodrigo Lariú
começou a fazer o midsummer madness em 1989, deu um tempo e voltou a fanzinar. Adora documentários, história, aviação comercial antiga, trabalha em televisão e em produtoras, vascaíno praticante.
Artigo anterior:

Shoegazer: o segundo escalão da música britânica

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Criado no inverno carioca de 1989, o fanzine midsummer madness teve 9 ou 10 edições impressas. Em 1994 se transmutou na gravadora independente de mesmo nome - saiba mais em mmrecords.com.br Atualmente é tudo isso e um pouco mais, com a ajuda de amigos.
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