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Você está em: Home»Música»Shoegazer: o segundo escalão da música britânica

Shoegazer: o segundo escalão da música britânica

Eduardo Ramos 18 ago 2017 Música Comentários desativados em Shoegazer: o segundo escalão da música britânica 5172 Visualizações

Acho que é melhor falar de uma vez só: as bandas aglutinadas em torno do termo shoegazer são o segundo escalão musical dos anos 88-91. O motivo é cultural/social. O fato de algumas destas bandas gozarem de mais prestígio hoje do que na época é que, sem as comparações com o que estava acontecendo (rap/rave/grunge), podemos apenas pensar na música.

Mas como o grande pensador Fábio Bianchini bem delineou: o prestígio atual é puro revisionismo. É fácil para alguém que não estava lá e consumiu isso com anos de atraso focar-se apenas na aura das bandas e colocá-las em um altar.

(na foto acima, primeiro escalão encontra o segundo)

A verdade é que as bandas shoegazer não tinham muitos motivos para se preocupar, afinal boa parte dos “leite com pera” que criaram a cena, vieram de bolsões de riqueza e cultura da classe média/alta britânica e com pouco tempero do proletariado. Essa origem abastada é um componente que interessa enormemente a imprensa e revisionistas. O néctar das manifestações sócio-musicais no final dos anos 80 e começo dos anos 90 estava na acid house e na cultura rave, um dos poucos movimentos musicais em que as classes menos abastadas ficaram lado a lado com os lordes, graças a uma substância mágica chamada MDMA.

De um lado pessoas invadindo prédios abandonados, montando equipamento, cobrando uma merreca de entrada e basicamente não consumindo álcool. Do outro lado do ringue, pós adolescentes com dinheiro suficiente para manter a pose e os pedais, tocando majoritariamente para uma plateia branca e universitária que simplesmente quebrou a divisão entre palco e público, afinal um dos outros rótulos nefastos deste agrupamento era a “cena que se auto celebra”: clube fechado e auto referente.

Apesar de algumas exceções à regra e algumas mudanças de curso, a maioria das bandas usou como bastiões a tonalidade mais branca dos sons: Velvet Underground, Cocteau Twins, muito gótico e algum folk inglês. As experimentações dub, eletrônicas e étnicas, portanto o sangue novo, foram entregues de bandeja para a tal acid house, que herdou o espírito DIY do punk e efetivamente revolucionou o mundo.

Mas isso quer dizer que musicalmente os shoegazers foram inferiores a toda a rave-acid house do fim dos anos 80? Não necessariamente. Assim como no punk, podemos contar em duas mãos as bandas que realmente importam na cena que se auto celebra. Aliás podemos contar em duas mãos as bandas que realmente importaram dos dois lados. E a parte mais triste é que os poucos crossovers entre shoegazer e acid house não possuíram, de nenhuma maneira, o imediatismo de um lado e o refinamento do outro.

O grande exemplo? Os remixes do Seefeel feitos pelo Aphex Twin ou o monstruoso “Pentamerous Metamorphosis” do Chapterhouse feito pelo Global Communications, que literalmente é tudo o que Kevin Shields sonhou mas nunca conseguiu fazer.  Porque afinal de contas, “Loveless” é uma obra prima suprema, possivelmente um dos 20 melhores discos da história do universo, mas de nenhuma maneira nosso amigo conseguiu sair do vórtex, mesmo sampleando Public Enemy e fingindo abraçar a acid house. Suas referências ainda são efetivamente as mesmas de todas as guitar bands.

E quem veio depois do MBV, diluiu o que já era ralo: Ride, Swervedriver, Slowdive, Telescopes e tantos outros são a descrição do segundo escalão, ilustrando esta tese com maestria. Apesar de alguns momentos brilhantes, o Ride continua sendo o melhor da turma graças às suas canções que retratam o clima ameno e tranquilo da cidade de Oxford.

As principais ideias do movimento shoegazer encontraram um lar no lado mais experimental da música eletrônica, sempre interessados em textura aliada ao ritmo (inexistente nos agrupamentos citados acima). E no fim dos anos 90, começo dos anos 2000, era fácil encontrar o catálogo inteiro da Morr Music chorando pitangas pelo leite derramado, incluindo um tributo (muito bom por sinal) ao Slowdive. Foi o fim.

Até que sub-editores que ditam a juventude verem novamente algum tipo de relevância na coisa toda e temos hoje tais bandas elevadas a um patamar irreal.

É impossível não citar neste grande vômito de caracteres a Creation e Alan McGee. Ele sim soube aproveitar este segundo escalão tendo lançado 80% das bandas do estilo enquanto esperava o “Loveless” sair, um disco que acabou com sua vida, saúde e sua gravadora.

Mas a verdade é que, no fim das contas, quem juntou as pontas destes dois aspectos culturais – o lado do proletariado, quase hooligan, e a estética indie – foi a banda que salvou a vida e as finanças de McGee, um tal de Oasis, descoberto quando Alan pisou no King Tut’s em Glasgow para assistir uma banda pós-shoegazer de terceiro escalão (sim, isso existe), chamada 18 Wheeler.

Sem mais perguntas meritíssimo.

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Eduardo Ramos
Tags acid house Alan Mcgee aphex twin chapterhouse cocteau twins Creation Global Communications morr music my bloody valentine oasis public enemy rachell goswell rave ride Seefeel shoegazer slowdive swervedriver telescopes velvet underground
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Eduardo Ramos
Autor: Eduardo Ramos
Eduardo Ramos é descendente direto da primeira tribo moderna do indie brasileiro, mas não chegou a frequentar o Retrô (apesar de ler muito sobre o assunto). Viajou o mundo com artistas, brigou com várias bandas, produziu mini-clássicos locais e mostrou São Paulo para todos os gringos que importam. Hoje vive uma vida reclusa no interior do estado o onde termina o seu primeiro lançamento literário.
Artigo anterior:

O último midsummer madness em papel – MM#8 abril 1996

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