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Submotile: o segredo do shoegazer Irlandês

Rodrigo Lariú 25 set 2018 Lançamentos e Resenhas Comentários desativados em Submotile: o segredo do shoegazer Irlandês 1655 Visualizações

Mike e Daniela se conheceram em 2011, em Bari na Itália, e estão juntos desde então. Michael Farren é irlandês e Daniela Angione, italiana. Os dois se casaram em 2015, tem hoje trinta e poucos anos e um filho de menos de um ano.

Como qualquer um que vê os sonhos da adolescência se esvairem no cotidiano adulto, um dia Mike resolveu vender seus intrumentos e equipamentos de gravação. “Eu havia perdido o prazer de fazer música já que não conseguia gravar nada parecido com o som que eu tinha na cabeça“.

Mas a Daniela o convenceu a não vender.

Depois de uma pesquisa, ele percebeu que a tecnologia havia mudado tanto que aqueles sons na sua cabeça talvez fossem reproduzíveis. A primeira gravação foi um drone de 30 minutos e a diversão estava de volta. Um dia, tocando “Signs of My Melody”, Daniela começou a cantar. Assim, em março de 2018, nasceu o Submotile.

Mike tocou em bandas shoegazer desde os 15 anos (“todas devidamente arquivadas” segundo ele) mas para Daniela, o Submotile é sua primeira banda. Parte fundamental na composição, Daniela divide os vocais, toca baixo e teclados enquanto Mike cria as guitarras e samples, além de produzir as gravações. Para gravar as baterias, os dois pediram ajuda de amigos em Dublin, onde moram.

O EP de estreia “We’re Losing The Light” saiu em agosto de 2018, traz cinco músicas e foi gravado na casa do casal durante cinco ou seis meses. Não é muito tempo mas para Mike parece que demorou uma eternidade. “Eu pensava: porque três camadas de guitarra se você pode ter sessenta? Gastava dias mexendo nas músicas. ‘Summer Sequence’ por exemplo, tem 110 camadas de instrumentos!!”

Irlandeses, gravações complexas, shoegaze… a primeira comparação que vem à cabeça é com my bloody Valentine. “Swans é uma banda fascinante também. As pessoas geralmente acham sombrio e brutal mas eu vejo apenas beleza. Músicas com ‘Song for Dead Time’ e ‘The Most Unfortunate Lie’ são a principal inspiração para ‘Signs of My Melody’ e ‘Slea Head January 1986′”, revela Mike.

Com 15 músicas no repertório, resolveram gravar oito mas apenas cinco entraram no EP. Segundo ele, estavam repetitivas. “Nosso processo de composição ainda é engessado. Eu e a Daniela dividimos a criação das músicas, em situações parecidas com a de ‘Signs of My Melody’.”  Fora isso, a rotina deles se aproxima mais da vida de qualquer pai e mãe novatos do que de umaa banda de rock.

As letras são todas de Mike, que admite o tom “dark” das letras. “Dizem que eu sou temperamental, rabugento. Deve ser por causa disso“. A paternidade também reduziu o número de horas de sono (lembra Kevin Shields explicando que a privação de sono era o principal motivo da levada arrastada de “Isn’t Anything”?) “Some a isso o fato de que ano passado tivemos um dos anos mais chuvosos de todos os tempos. Nos restava ficar em casa e mergulhar na música“, acrescenta.

Vivendo perto da costa, com um mar escuro, frio e agitado próximo, as músicas do EP de estreia “We’re Losing the Light” acabaram encharcadas dessa atmosfera. “Tailspin”, a faixa que abre o lançamento apenas digital, é a perfeita concretização da influência do Oceano agitado com o som do Swans que martela a cabeça de Mike.

“An October Ending” começa com riffs limpos de guitarra no melhor estilo Pale Saints, Ride e MBV fase “Strawberry Wine”. A voz de Daniela cresce logo nos acordes iniciais, acomodada entre as dezenas (talvez centenas) de camadas de instrumentos e efeitos.

Sim, o Mike tinhas belas músicas rondando sua cabeça há muito tempo. A inaugural “Signs of My Melody” vem na sequência, com uma levada mais arrastada, que deve agradar aqueles que prefere a calmaria do Slowdive. A voz sussurada de Daniela, sobreposta aos próprios backing vocals, repete com precisão a fórmula de talentosos ícones do gênero como Miki Berenyi (Lush) e Beth Thompson (Medicine).

Falando em Medicine, “Summer Sequence” traz samples e viradas de bateria que lembram as pirações de Brad Laner, acomodando uma letra que fala sobre viver por 30 anos no mesmo lugar. O EP fecha com a complexa “Slea Head Januray 1986” e suas belas distorções no final. Rebento artístico lançado, será que pai e mãe pensam em fazer shows. “Está nos nossos planos. Eu adorava tocar ao vivo quando adolescente e não vejo a hora de sentir estas músicas no palco. Talvez em 2019.”

Mike lembra que Dublin, apesar de capital, é uma cidade pequena. O provincianismo e a total inaptidão de ambos para auto-promoção podem condenar o Submotile a mais profunda obscuridade. O casal acha necessário alguns shows na Inglaterra, principalmente em Londres, para conseguir alguma atenção. (Como vocês podem ver, não é tão diferente do Brasil, onde bandas tem que se realocar para São Paulo). “Por enquanto estamos focados somente na música. Toda a nossa energia e recursos são direcionados para torná-la tão boa quanto for possível – este EP é um bom começo, mas é apenas um começo“.

Preparem-se Mike e Daniela, é um mundo voraz lá fora, com excesso de bandas, de informação, competição por algo que não deveria obedecer a cartilhas de marketing. Eu achei uma das melhores coisas que ouvi até agora em 2018 mas talvez o Submotile vire apenas mais um nome na sua coleção musical. “Às vezes a rejeição pode tirar o melhor de você. Algumas reações ao EP foram tão desconexas que beiram a comédia. Um blog por exemplo disse que ‘Tailspin’ tinha guitarras tão altas que pareciam apenas ruído. Parece algo escrito pela minha avó!“. Será o anonimato vai deixar o casal ainda mais inspirado em sua solidão costeira?

Como fazer então, para se informar e promover a banda? “Existem alguns bons grupos no Facebook, embora você não queira ser aquele cara que está sempre postando sobre sua própria banda. Em termos de jornalismo, existem ótimos blogs por aí, o thequietus é realmente fantástico e saudável. Eu parei de ler a imprensa mainstream há alguns anos atrás. São as mesmas bandas de merda recebendo cobertura ad nauseum”.

A gente concorda Mike. Talvez seja melhor permanecer no escuro.

Ouça

Se você gosta de My Bloody Valentine
Se você gosta de Swans
Se você gosta de Lush
Se você gosta de Mogwai
Nota

Shoegazer? √ Irlandês? √ Muitas guitarras e efeitos? √ Descubra o que existe na água da Irlanda para gerar bandas shoegazer tão boas. Submotile tem a fórmula perfeita.

Nota final 4.5
Gostou do Submotile? Quantas estrelas você dá para a banda? Gostou do Submotile? Quantas estrelas você dá para a banda?
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dublin lançamentos lush medicine mogwai my bloody valentine novas bandas pale saints Submotile 2018-09-25
Rodrigo Lariú
Tags dublin lançamentos lush medicine mogwai my bloody valentine novas bandas pale saints Submotile

Autores

Autor: Rodrigo Lariú
começou a fazer o midsummer madness em 1989, deu um tempo e voltou a fanzinar. Adora documentários, história, aviação comercial antiga, trabalha em televisão e em produtoras, vascaíno praticante.
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Música para se perder de verdade: DJ Daniel Avery lança novo álbum

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Criado no inverno carioca de 1989, o fanzine midsummer madness teve 9 ou 10 edições impressas. Em 1994 se transmutou na gravadora independente de mesmo nome - saiba mais em mmrecords.com.br Atualmente é tudo isso e um pouco mais, com a ajuda de amigos.
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