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Pixies – Head Carrier

Rodrigo Lariú 11 jan 2017 Lançamentos e Resenhas, Música Comentários desativados em Pixies – Head Carrier 2428 Visualizações

Sempre será um lapso temporal quando você descobre que o Pixies está lançando um disco novo. “Head Carrier” é o sexto álbum oficial do quarteto de Boston, desfalcado em sua formação original da baixista Kim Deal. Com 12 músicas, foi lançado em setembro de 2016 pelo longevo selo belga PIAS, com produção de Tom Dalgety (Killing Joke, Opeth, Therpy?, Siouxsie) e não, pela primeira vez nos últimos 4 discos, de  Gil Norton (a banda sempre trabalhou com Gil, exceto em seu 1º álbum, produzido por Steve Albini).

Nos anos 90, quando tiveram sua primeira fase com 4 álbuns, tudo deles era mágico; ninguém ousava falar mal da banda de Black Francis e Kim Deal. Suas letras sobre religião, loucura, duendes, amores quebrados, misturada com frases em espanhol, bateria furiosa de David Lovering, a guitarra inspirada de Joey Santiago (havia sim nos Estados Unidos alguém tão genial quanto Johnny Marr) e as vozes de Francis e Deal; ele hora blasé, hora berrando descontrolado; ela doce e misteriosa.

Quando a banda acabou, foi uma mistura de tristeza e admiração, me lembro de pensar: “acabaram no ápice”. Assistir ao show da banda reformada lá pelo começo dos anos 2000 foi estranho, mixed emotions…

Estou contando tudo isso antes de começar a falar de “Head Carrier” porque é sempre complicado uma banda como o Pixies voltar a gravar (e ao mesmo tempo muito corajoso). Confesso que pulei o disco anterior, “Indie Cindy“, para não estragar o mito.  Não consigo escrever esta resenha de outra forma que não seja comparando com o “meu” Pixies. Então resolvi fazer uma brincadeirinha e listar as 12 faixas comparando com suas similares no passado:

1 – “Head Carrier” lembra o bom clima de faixas de “Bossanova” como “Velouria” e “Dig For Fire”;

2 – “Classic Masher” traz pela primeira vez os backing vocals da nova baixista, a argentina Paz Lenchantin, mas é um Pixies bobo, comercial demais – pule essa.

3 – “Baal’s Back” começa meio Foo Fighters, o que muito, muito, muito ruim. Daí o Black Francis começa a berrar. Hmmm, pode chegar perto de algumas porradarias como “Planet of Sound”, “The Sad Punk” (ambas do 4º álbum, “Trompe Le Monde”) e “Something Against You” e “Oh My Golly”.  Apesar de não se comparar a antiga fúria, é uma boa música.

4 – “Might As Well Be Gone” segue o formato de “Classic Masher” e lembra algumas baladinhas de “Doolittle”. Não é nem fofa, parece uma música para completar playlist.

5 – “Oona” tem uma frase enigmática repetida várias vezes como refrão: “I wanna be in your band” – quem seria essa Oona que o Black Francis quer desesperadamente estar na banda dela? Estes mistérios sempre foram intrigantes nas letras do Pixies. A parte instrumental caberia dentro, de novo, de “Doolittle” ou “Bossanova”. Uma das melhores do disco.

6 – “Talent” também se destaca pela letra, onde um caça-talentos se oferece para cuidar da carreira de Black Francis. Caberia em “Trompe Le Monde”.

7 – “Tenement Song” foi uma das músicas de trabalho e tem um clipe bacaninha.

8 – Em “Bel Esprit” o caldo desanda um pouco. É estranho criticar justamente quando o Pixies se parece com ele mesmo, mas ouvir Santiago repetindo riffs e solos deles próprios deu a impressão de uma banda cansada.

9 – “All I Think About Now” deveria ser a cereja do bolo: uma música onde a nova baixista é autorizada a cantar (Kim Deal penou para ter tal privilégio em “Gigantic“)  a letra escrita por Black Francis em homenagem à sua antiga companheira. Ironicamente a faixa toda é um pastiche de “Where’s My Mind” e a primeira frase da letra é “I try to think about tomorrow/But I always think about the past” (eu tento pensar sobre o amanhã / mas tudo que eu penso é sobre o passado). A música é ruim e ajuda a reforçar toda tese desta resenha.

10 – “Um Chagga Lagga” foi o primeiro single e é um belo cartão de visitas, apesar de se parecer mais com a carreira solo de Black Francis (aka Frank Black).

11 – “Plaster of Paris” é a “Here Comes Your Man” deste disco, popzinha até a medula, surf e curta, que lembra muito outros contemporâneos do Pixies como R.E.M. e Replacements. Minha preferida de Head Carrier.

12 – “All the Saints” não é “Where’s My Mind”, nem “Gigantic”, muito menos “All Over the World” ou “Havalina”. E é isso, simplesmente não é.

Passados mais de dois anos desde “Indie Cindy”, o que mais se lê nas resenhas e entrevistas da banda é que eles sentiam vontade de compor novas músicas, que estava chato tocar as mesmas coisas ao vivo sempre, e que aquele é um álbum de transição, de uma banda tentando se descolar de seu passado (glorioso). “Head Carrier” cumpre melhor este propósito: se fosse possível esquecer toda discografia passada, eu diria que este é um bom disco de uma banda nova chamada Pixies, e ele figuraria entre os melhores de 2016.

Mas esse descolamento não é possível. Então, é apenas um disco OK do Pixies.

obs.: A se notar nos últimos dois discos, ambos lançados fora da 4AD, a falta que o design da V23 faz às capas do Pixies: tanto “Indie Cindy” (2014) como “Head Carrier” tem capas feias, tentativas mal sucedidas de copiar o brilho de Vaughan Oliver (do estúdio V23)

O Pixies continua voltando

Head Carrier se comparado a "Surfer Rosa" é um disco...
Head Carrier se comparado a "Doolittle" é um disco...
Head Carrier se comparado a "Bossanova" é um disco...
Head Carrier se comparado a "Trompe Le Monde" é um disco...
Nota

"Head Carrier" é o 6º álbum de estúdio de uma banda que teve um passado glorioso e tenta se reinventar. É preciso coragem.

Nota final 2.8
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black francis head carrier kim deal melhores álbuns 2016 pixies 2017-01-11
Rodrigo Lariú
Tags black francis head carrier kim deal melhores álbuns 2016 pixies

Autores

Autor: Rodrigo Lariú
começou a fazer o midsummer madness em 1989, deu um tempo e voltou a fanzinar. Adora documentários, história, aviação comercial antiga, trabalha em televisão e em produtoras, vascaíno praticante.
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Gimme, Gimme Danger!

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Criado no inverno carioca de 1989, o fanzine midsummer madness teve 9 ou 10 edições impressas. Em 1994 se transmutou na gravadora independente de mesmo nome - saiba mais em mmrecords.com.br Atualmente é tudo isso e um pouco mais, com a ajuda de amigos.
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