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No túnel do tempo com Lucille Furs

Rodrigo Lariú 12 maio 2019 Música Comentários desativados em No túnel do tempo com Lucille Furs 1556 Visualizações

Dizem que para fazer músicas de amor você precisa estar apaixonado ou na fossa, que para cantar em inglês você precisa ser capaz de expressar sentimentos naquela língua. Ou que para fazer rock psicodélico, você precisa tomar ácido.

Não sou artista, então talvez eu nunca entenda. Mas a verdade é que arte não deveria precisar de prerrogativas. O quinteto de Chicago Lucille Furs, por exemplo, parece saído do túnel do tempo. Ouça “Another Land”, segundo álbum lançado em Março de 2019 e concorde comigo que ele poderia facilmente ter sido lançado em 1969.

Formada por Patrick Tsotsos, Nick Dehmlow, Brendan Peleo-Lazar, Constantine Hastalis e Trevor Newton Pritchett, a banda traz elementos do Zombies, do Rolling Stones da era “Satanic Majesties…”, ecos do flower-power da Califórnia, um Doors aqui e ali e até Mammas & The Papas.

“Another Land” começou a ser escrito em Setembro de 2017, logo depois que o Lucille Furs lançou seu 1º álbum homônimo. Foi lançado somente agora, pelo selo francês Requiem Por Un Twister. Melhor amarrado que o primeiro, “Another Land” não deixa nada a dever a bandas como Temples, The Coral ou até a um Ariel Pink.

Claro que é bem difícil colocar no nível de um Love, um Blues Magoos, e claro, Beatles e Stones. As reverências são muitas. Mas ainda assim, “Another Land” é álbum muito agradável de se ouvir.

A faixa título que abre o disco já te transporta imediatamente para São Francisco do final dos anos 60, com tecladinhos dignos do The Doors. “Leave It As You Found It” apresenta uma gama de instrumentos diferentes que conferem uma sonoridade pouco ouvida nas bandas psicodélicas atuais, presas aos sintetizadores; o Lucille Furs soa orgânico e verdadeiro.

“Paint Euphrosyne Blue” começa com guitarras dos Stones e acelera com teclados que o Inspiral Carpets usaria. “Sooner Than Later” é curiosa porque me lembrou imediatamente de Arctic Monkeys, uma baladinha meio insossa; normal os anos 60 também produziram efeitos colaterais ruins. “Eventually,” é outra faixa que não leva a lugar nenhum.

“Madre de Exilados” é um bom destaque, com seu teclado pesado digno de Os Incríveis.  Fiquei aqui imaginando que o Lucille Furs se sairia muito bem tocando “Czardas” ou “O Milionário”.

Para entender um pouco mais, entrevistamos a banda por email, confira:

Como vocês se conheceram?
(Patrick) Eu conheci o Brendan no Columbia College em Chicago na mesma época que esbarrava com Trevor em shows. No começo, eu gravava umas coisas por conta própria sob a alcunha de Tired Eyes e eles foram se juntando. A coisa nunca parou, do EP “Lucille Furs” (Eye Vibe Records, 2016) para os LPs “Lucille Furs” (The Minimal Beat, 2017) até esse “Another Land” (Requiem Pour Un Twister, 2019)

Vocês tocavam em outras bandas?
(Patrick) Brendan e Trevor tinham suas bandas, The Ivorys e The Choir respectivamente, enquanto eu tocava bateria numa banda de blues.

Vocês tem outros trabalhos diários, para pagar as contas?
(Patrick) Sim, meio que sim. Trevor trabalha numa loja de guitarras em Chicago e também toca numa banda cover de Rolling Stones. Brendan é baterista em várias bandas-tributo dos Beatles (Fab Four, Liverpool Legends, Classical Mystery Tour) e também do Rolling Stones (Rocks Off); e eu trabalho no Virgin Hotel Chicago como “assistant talent buyer/host“.
(n. da redação: não conseguimos entender exatamente o que Patrick faz)

Os primeiros EP e álbum foram lançados por vocês mesmos. Como chegaram no selo francês Requiem Pour Un Twister?
(Patrick) Por email. Nós cruzamos com eles por causa dos nossos amigos de Los Angeles, o Triptides. Brendan e eu tivemos a sorte de conhecer os irmãos do RPUT em Paris numa tour em 2018. Estamos muito felizes de ter entrado para o selo.

Vocês se mudaram para Los Angeles agora? Como a banda vai funcionar com integrantes em cidades diferentes?
(Patrick) A gente ainda se vê com bastante frequência. Trevor e eu sempre nos encontramos para um café e novas músicas. Brendan vem frequentemente a Chicago para ver a família e os amigos.

Parece que vocês preferem gravar à moda antiga, direto para fita. Como é fazer isso hoje em dia?
(Patrick) As músicas sempre passam por uma fase de construção caseira antes que a gente vá para o estúdio. Então quando registramos tudo direto para fita, já estamos afiados. Somos bem abertos a diferentes tipos de gravação mas geralmente preferimos a rota old school.

Desculpem, eu não sou músico e tenho uma dificuldade tremenda em perceber e descrever partes técnicas. Mas parece que vocês usam alguns instrumentos diferentes nas suas músicas…
(Patrick) Eu toco um bouzouki (espécie de alaúde) em “Leave It As You Found It”. É um instrumento icônico grego, muito comum na música grega tradicional. Comprei em Atenas, anos atrás. Já o usamos em “Sunset Moon” e “In Samsāra”, duas músicas do nosso primeiro álbum. Temos também um Kazoo e um “saco de tralhas” cheio de instrumentos exóticos de percussão que são experimentados em estúdio.

Beatles, Blue Magoos, Stones, Zombies… estas parecem as maiores influências. O que mais vocês andam ouvindo? Conhecem Os Mutantes e o Boogarins?
(Patrick) Sim, são estas! Gostamos de música de todo canto do mundo, especialmente bossa-nova, samba e funk brasileiros. Também gostamos do RnB clássico, de Soul e Funk. Isso nos influencia assim como qualquer pop grudento de hoje em dia.

Se eu não pudesse ler as letras, sobre o quê vocês me diriam que “Another Land” fala?
(Patrick) Propositalmente se perder de forma acidental.

A música psicodélica dos anos 60 sempre esteve muito ligada ao movimento hippie, à ideia de uma sociedade pacífica e harmônica. Como vocês lidam com esse ideal num Mundo permeado por alienação cibernética, Trump, Brexit, nacionalismos…?
(Patrick) A ideia de paz e amor nunca vai morrer e você não precisa ser um “hippie” (aspas da banda) para praticar.

Vocês acham que existe muita música, muita informação hoje em dia? Como vocês lidam com o excesso? Como fazem para chamar atenção?
(Patrick) Sim, há muita coisa por ai. É muito? Eu não acho. Só é esmagador se você deixar ser.

Mas como vocês lidam com isso? É fácil chamar atenção do público e da imprensa?
(Patrick) A gente acredita numa mística casual da nossa presença online. Você não vai nos ver online todos os dias para falar sobre tudo ou sobre nada. Para isso você pode vir nos encontrar pessoalmente. Nós também sabemos que simplesmente colocar música no Soundcloud ou no Spotify não resolve; então a gente tenta conectar com as pessoas mostrando arte e outras músicas que a gente anda vendo e ouvindo.

Conseguem pensar num Top 3 das melhores músicas psicodélicas de todos os tempos?
(Patrick) Ah, essa é muito difícil…
Beatles – “Blue Jay Way” e “Tomorrow Never Knows
Zombies – “Oracle Odissey”
The end – “Introspection”
Mas ainda tem Rolling Stones “Satanic Majesties”, Pink Floyd “Saucerful of Secrets”, coisas do Caetano Veloso, Asha Bhosle

Se você gosta de Zombies
Se você gosta de Rolling Stones dos anos 60
Se você gosta de Love
Se você gosta de Beatles
Nota

quinteto de Chicago lança segundo disco como se estivesse nos anos 60. E se sai bem.

Nota final 3.6
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beatles discos 2019 doors lançamentos love lucille furs psicodelia rolling stones zombies 2019-05-12
Rodrigo Lariú
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Autores

Autor: Rodrigo Lariú
começou a fazer o midsummer madness em 1989, deu um tempo e voltou a fanzinar. Adora documentários, história, aviação comercial antiga, trabalha em televisão e em produtoras, vascaíno praticante.
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Criado no inverno carioca de 1989, o fanzine midsummer madness teve 9 ou 10 edições impressas. Em 1994 se transmutou na gravadora independente de mesmo nome - saiba mais em mmrecords.com.br Atualmente é tudo isso e um pouco mais, com a ajuda de amigos.
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