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Não chegue muito perto dos seus ídolos: The Telescopes

Rodrigo Lariú 16 jun 2017 Música Comentários desativados em Não chegue muito perto dos seus ídolos: The Telescopes 5299 Visualizações

Numa viagem recente à Londres tive a chance de ver um show do Telescopes. Mesmo sabendo que uma das minhas bandas favoritas havia desviado de caminho há mais de uma década e, mesmo decepcionado com os 7 (!) lançamentos oficiais da banda depois dos clássicos “Taste” (1989) e “untitled second” (1992), achei que deveria (literalmente) pagar pra ver.

Na mesma noite, só que em outro canto da capital inglesa, o revivido Primitives também tocaria. Mesmo assim, não tive dúvidas: Telescopes it is! Até porque, lá pelos idos de 2001, eu tive a honra de lançar pelo mmrecords uma coletânea da banda, intitulada “Premonitions 1989-91″ mesmo sem nunca ter visto um show ou me encontrado com alguém da banda (isso é o equivalente a contratar jogador de futebol pelo DVD).

O show foi no The Lexington, pub londrino que, no andar de cima, tem um palquinho e espaço para umas 100 pessoas.  Por oito libras (cerca de R$35) outras três bandas abriram a noite: MUX, Flights of Helios e Inscape. Perdi a primeira; cheguei nas três últimas músicas da segunda e tive que aturar todo o show da Mux, que estava lançando seu EP. Ao vivo, o trio é apenas um subproduto do início dos anos 2000, um filhote mal nascido de Franz Ferdinand.

Antes das 21h, o Telescopes finalmente subiu ao palco. Da formação original só sobrou o vocalista, Stephen Lawrie. Não reconheci a banda que o acompanhava mas uma rápida busca no facebook me informou que eram John Lynch (Dream Machine Allstars), Sam Barrett (The Koolaid Electric Company), Stuart Gardham (Venn), Raissa Pardini (Yassasin) and Samuel Toms (Temples). OK, o baterista é do Temples, eu conheço. Os outros três guitarristas eu não sou capaz de distinguir quem era quem, mas dava para ver que a Raissa, baixista, não devia nem ter nascido quando “Taste” foi lançado.

De qualquer forma, com essa formação, dava para torcer por um show menos experimental. E quem sabe, um “classicozinho de leve” do primeiro disco… Antes do show eu havia ganho o “Taste” em vinil de presente de aniversário e ali eu fiquei: segurando um dos meus discos favoritos de todos os tempos, vendo aquela banda que um dia eu tive certeza de que era a melhor do mundo.

Só que eu cheguei quase 30 anos atrasado. Agora meu vocalista favorito fica se encaixando em improvs que devem ser muito legais para quem está tocando mas um saco para quem está apenas escutando. Foram quase 45 minutos de white noise do começo ao fim, com alguma melodia; muitos gritos alternados com poucos e inaudíveis sussuros. Nas três (ou foram duas?) primeiras músicas, eu ainda estava exultante. Pensava “é isso mesmo, foda-se o rock, o establishment, manda ver Stephen!”

quando Stephen se levantou, toda banda estava sentada

Logo no começo do show, Stephen tirou as botinas (daquelas estilo hipster, nada de botas de couro à la shoegazer 90’s) e se ajoelhou no chão. Ficou por quase 30 minutos, se arrastando pelo palco de joelhos, brincando com os pedais que distorciam sua voz. Berrava coisas ininteligíveis na maioria das vezes. Mas a banda parecia ter um roteiro ensaiado, e devem ter tocado umas 8 ou 10 músicas. Era muito difícil perceber quando uma terminava e começava a seguinte.

No começo do show deviam ter umas 40 a 50 pessoas. Do meio para o final restavam eu e provavelmente mais umas 15 pessoas. Passei mais da metade do show tentando entender a “beleza” ou a “genialidade” daquilo mas não consegui.

É terrível quando você perde a conexão com seu ídolo: “mas afinal, o que deu nele? Será que a saída da Joanna Doran desequilibrou tudo? Porque foi no 3º disco, “Third Wave” (2002), que a coisa degringolou“.

Nenhuma explicação funcionava. Pior, aquela música começava a irritar, o cansaço a bater, até que Stephen berrou suas últimas palavras: “and I remember everything! I remember everything!” (e eu me lembro de tudo / eu me lembro de tudo). Levantou-se, pegou suas botinas e saiu do palco. A banda tocou por mais dois minutos, desligou os instrumentos e o meu primeiro e último show do Telescopes acabou.

Se eu fui falar com Stephen? Melhor não se aproximar muito de seus ídolos.

obs.: o Telescopes acabou de lançar seu 9º registro oficial, se chama “As Light Return”, saiu pela gravadora alemã tapete records. Ouvindo os trechos disponíveis na página da gravadora, fiquei com a sensação de que eles tocaram algumas destas músicas.

shoegazer show shows telescopes the lexington white noise 2017-06-16
Rodrigo Lariú
Tags shoegazer show shows telescopes the lexington white noise

Autores

Autor: Rodrigo Lariú
começou a fazer o midsummer madness em 1989, deu um tempo e voltou a fanzinar. Adora documentários, história, aviação comercial antiga, trabalha em televisão e em produtoras, vascaíno praticante.
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Nossas dicas para o festival de documentários musicais In-Edit 2017

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Criado no inverno carioca de 1989, o fanzine midsummer madness teve 9 ou 10 edições impressas. Em 1994 se transmutou na gravadora independente de mesmo nome - saiba mais em mmrecords.com.br Atualmente é tudo isso e um pouco mais, com a ajuda de amigos.
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