Obviamente que jogar um computador escada abaixo nunca teria o efeito que “Subtemple” sugere, mas este seria o som gerado por tal manobra se gravado com baixa fidelidade e prensado em uma fábrica de vinil meio decadente onde o técnico acabou de tomar uma caixa de Benflogin.
Chega a ser tão minimalista, que esta resenha deveria parar aqui.
O lado B “Beachfires” vira um refresco com seus synths à la John Carpenter, um singelo kick que aparece as vezes para dar um “oi”, e o já clássico som “burialesco metálico” que parece um molho de chaves do inferno.
Ganha milhões de pontos pela não repetição, não conformidade e pelo senso de “foda-se” tão ausente no atual panorama da música eletrônica. Mas sendo extremamente honesto, possivelmente nunca mais vou escutar esta música. É a mesma reação do Nick Hornby com “Frankie Teardrop” no “30 Songs”: você escuta uma vez, suficiente para dar medo para o resto da sua vida só de lembrar.
Não escute no escuro.
single novo de 2 música que dão medo do William Emmanuel Bevan, aka Burial.