Numa primeira audição, pela música “In the Loom”, me pareceu uma coisa 80s, post-punk. Mas ao ouvir o álbum de estreia homônimo do Immaterial Possession, de Athens (mesma cidade do R.E.M.), a coisa mudou de figura. Ou melhor, embaçou, turvou.
Formado em 2017 por Cooper Holmes (baixo, vocais), Madeline Polites (guitarra, vocais), John Spiegel (percussão) e Kiran Fernandes (teclados, sopros), via email eles me disseram que as influências eram as mais diversas: música Grega e Turca, rock dos anos 70 (??) e Krautrock. As bandas que eles listaram desviam um pouco disso: The Doors, Portishead, Siouxsie and the Banshees. Quer dizer: Doors deve ser o rock anos 70, né?
Mas o bacana do Immaterial Possession está justamente nesta não-definição que passa longe do tenebroso “eclético”. É talvez psicodelia em seu estado mais puro. Há um quê de Stereolab em algumas faixas, um pouco de Jefferson Airplane e até pós-punk (ouça “Bosphorus Brine”). Sobra espaço para viagens, desmaterializações e outras sensações.
O debut saiu em Julho de 2020 pela Cloud Recordings, selo comandado por John Fernandez, que faz parte do coletivo Elephant 6, responsável pelo lançamento de nomes como Apples in Stereo, Beulah, Elf Power, Neutral Milk Hotel, of Montreal e Olivia Tremor Control.
Por causa da impossibilidade de fazer shows, o Immaterial Possession tem lançado uma série de vídeos. O mais recente deles é “Phases”, (último da lista abaixo) que reúne os três interlúdios do álbum: “Phase One” “Phase Two” e “Circle of Bells”.
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Quarteto de Athens, Georgia, te leva numa viagem psicodelia como ela deve ser. Álbum foi lançado pela Cloud Recordings, de John Fernandez, que faz parte do coletivo Elephant 6, que já lançou Neutral Milk Hotel e Olivia Tremor Control.