Olho pra janela do carro e vejo um dia bonito. Vento de férias batendo no rosto. O som alto nem atrapalha as discussões no banco de trás. Deixa eles falarem. Quem se importa, com uma trilha dessas? Dá gosto de cantar junto de uma banda que te conquista tão rápido. Acho que eu não gostava tanto assim de uma banda desde Unknown Mortal Orchestra. Coincidência? Talvez. Mas, cara, como eu fiquei feliz por ter encontrado esse disco.
É que tá difícil pra caramba achar um disco otimista esses dias. Que fala de coisas tristes de um jeito tão gostoso, sem pegar leve, mas sem pesar a onda, sabe? E com um riff de guitarra maravilhoso pra ficar enterrado na sua cabeça por dias, desses que podiam ser tocados por uma orquestra ou um naipe de metais que ia dar mais ou menos na mesma. Direto me pego assobiando os finais dessas músicas – vamos combinar, é um puta mérito saber fazer música que acaba de um jeito tão legal que você lembra dele, no meio desse mar de músicas que só.. acabam. Melhor disco do ano passado? Sem pensar duas vezes. E olha que eu gosto bastante do disco que eu lancei ano passado.
Eu não lembro da primeira vez que ouvi Whitney. Parece que nem teve uma primeira vez, parece que esse disco sempre esteve guardado ali, naquele cantinho ensolarado que ainda existe no fundo do meu coração.
Indicado para ...
JP lançou um dos melhores discos de 2016. Saber o que ele acha de outro dos melhores discos de 2016 é revelador. O "Light Upon the Lake" do Whitney é a descoberta do coração.