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O som frio do Echo Ladies ao vivo numa quente tarde de verão

Rodrigo Lariú 27 jan 2019 Música Comentários desativados em O som frio do Echo Ladies ao vivo numa quente tarde de verão 1373 Visualizações

Em Julho de 2018, alguns meses depois do álbum de estreia “Pink Noise” ter sido lançado, tive a chance de ver o trio sueco Echo Ladies tocando num pub londrino numa noite que teve abertura do Buffalo Postcard (com ex-Tamborines Henrique, o ex-Wry Choquito e o ex-Tods Rodrigo no palco). Estava quente para os padrões britânicos.

Boa parte dos mais ou menos 50 indies branquelos estava de bermuda, sem saber muito como se comportar diante da heat wave, que era como eles chamavam os 21 graus de temperatura às 8 da noite.

Ainda estava claro do lado fora e uma parte do público ficou no térreo esperando para ver se a Argentina se classificaria para a próxima fase da Copa do Mundo. Quase aos 40 minutos do segundo tempo, Rojo fez o 2º gol e levou os hermanos até a próxima fase. Deu para sentir um certo descontentamento dos ingleses presentes. Eu fiquei feliz, torcendo para nós, latinos.

Todos subiram. O Echo Ladies seria a terceira banda da noite e, até então, eu conhecia apenas duas músicas. Mas bastou a primeira avalanche de guitarras explodir dos amplificadores para eu ficar impressionado.

Sem pedir permissão, gravei escondido algumas músicas em vídeo.

“Pink Noise” apareceu em algumas listas de melhores discos de 2018. Suas 8 faixas devem ter agradado saudosos do pós-punk de Cocteau Twins, Joy Division e também dos barulhos recentes de Raveonettes e Alvvays. Quando ouvi a primeira vez, lembrei de Radio Dept. e também de Pink Industry.

O som era gelado, sombrio, parecia ter sido gravado em Berlim no meio da Guerra Fria. Era estranho vê-los no calorzinho de verão. Ainda mais porque o trio não era nem nascido quando o Muro de Berlim caiu.

Joar Andersén e Mattis Andersson, hoje com 24 anos, são amigos desde os tempos de colégio em Mälmo, na Suécia. Matilda Bogren, também 24, se juntou à dupla um pouco mais tarde, ainda no colégio. Desde os 16 anos, os três tocavam em outras bandas quando, mais ou menos em 2014, perceberam que talvez dessem mais certo juntos. Mattis na guitarra, Joar alternando entre guitarra e baixo e Matilda nos vocais começaram a ensaiar usando bateria eletrônica enquanto procuravam um baterista. “Mas depois de um tempo percebemos que realmente gostávamos dos sons digitais e paramos de procurar alguém para tocar bateria“, explicou a banda por email.

Os primeiros singles começaram a sair em 2016, pelo selo local Hybris (mesmo de El Perro del Mar e Hell on Wheels). Em 2017, o trio foi a Londres para assistir a um show do Slowdive e lá conheceram Nat, do selo londrino Sonic Cathedral. Nat havia escutado Echo Ladies por indicação de outra banda sueca, Fews. Com um papo após o show do Slowdive, Nat convidou o trio para lançar suas músicas na Inglaterra. Naquele mesmo ano saiu o primeiro EP, intitulado “Echo Ladies”, com 4 músicas que não estão no álbum.

Quando a banda topou dar esta entrevista por email, perguntei se poderia publicar os vídeos “secretos” e eles autorizaram.

Quem escreve as músicas? Algum de vocês é o autor ou são criações coletivas?
EL: São criações coletivas. Normalmente Joar traz as bases no sampler para o ensaio e nós começamos a criar nossas partes e melodias em cima dela. Quando achamos que temos todas as partes ajustadas, trabalhamos nos arranjos, decidindo quantos versos, refrões, etc. Depois disso, Matilda e Joar escrevem a letra e Mattis ajuda com a parte gramatical.

Às vezes uma música fica tempos sem ter letra, já chegamos até a tocar ao vivo músicas assim. A primeira vez que tocamos “Close to be Close to me” foi sem letra.

Quando vocês tocaram pela primeira vez fora da Suécia? 
EL: A primeira turnê fora da Suécia foi na Inglaterra, em Abril de 2018. Antes disso, tocamos em Copenhagen algumas vezes mas essa não conta porque na verdade são apenas 20 minutos de trem. 

A primeira vez que eu ouvi Echo Ladies, me lembrou bastante seus conterrâneos do Radio Dept. Como vocês se sentem quando a imprensa compara vocês apenas com bandas britânicas? 
EL: Nunca paramos para pensar nisso. O tipo de som que a gente faz é claramente originário do Reino Unido, então não parece estranho ser comparado com bandas britânicas. Mas ao mesmo tempo, existem várias bandas suecas que nos inspiram também.

Quais seriam as bandas suecas que vocês indicariam para a gente ouvir?
EL: Pink Milk, Pascal, Klass II, Makthaverskan e Kite

A cena indie sueca parece super ativa. Ainda assim, vocês sentem a necessidade de estar mais na Inglaterra? 
EL: Achamos que tem mais coisa acontecendo para gente no Reino Unido do que na Suécia. A cena musical sueca é grande apenas para alguns tipos de música, como Rap, Hip-Hop e Trap. Nossa música não se encaixa nessa cena maior. 

Mas vocês conseguiram chamar mais atenção da imprensa e dos produtores de shows suecos depois de serem lançados na Inglaterra?
EL: Nós não somos conhecidos na Suécia. Conseguimos algum reconhecimento mas não o mesmo que temos na Inglaterra. Nosso disco passou despercebido por aqui.

Algum de vocês teve que sair do trabalho “normal” para se dedicar à banda, às turnês?
EL: Todos nós tivemos que comprometer alguma coisa no trabalho… Joar teve que pedir licença para a turnê mais recente; Matilda teve que deixar de trabalhar em alguns turnos e Mattis teve que escrever sua tese de graduação durante a turnê. A gente quer muito dar preferência ao Echo Ladies em nossas vidas e isso significa fazer alguns sacrifícios.

Com quem vocês já dividiram o palco?
EL: Já tocamos bastante como banda de abertura, não conseguimos nos lembrar de todos. Os mais recentes foram com TVAM em Brighton e Londres na nossa última turnê pela Inglaterra. Já abrimos também shows do Luna, The Holydrug Couple, Josefin Öhrn + The Liberations, Fews, INVSN, que são os que a gente consegue se lembrar agora.

E quais são as bandas que vocês adorariam tocar junto?
EL: Seria demais tocar junto com o Slowdive, eles são uma grande inspiraçnao e a razão pela qual nós conhecemos o Nat também. Tocar com The Raveonettes e A Place To Bury Strangers seria lindo também.

Quando é que “Pink Noise” foi gravado?
EL: No verão de 2017 numa cidadezinha chamada Vollsjö. O estúdio se chama AGM e várias bandas suecas gravaram lá. A Roxette, por exemplo. Produzimos rápido, em apenas 6 meses o disco já estava pronto.

E porque tão econômico, só oito músicas? Já estão planejando um novo lançamento?
EL: Oito músicas foi o que pareceu bom na época. A gente também não tinha grana para bancar muito tempo de estúdio, gravamos tudo em apenas quatro dias. Esperamos poder lançar coisa nova em 2019, estamos compondo novas músicas.

Como vocês chegaram no Robin Guthrie (Cocteau Twins) para que ele remixasse “Overrated”? 
EL: Foi o Nat do (selo) Sonic Cathedral. Ele achou que seria bacana o Robin remixar alguma coisa de ‘Pink Noise’. Nós ficamos bem surpresos e felizes quando ele aceitou. 

Joar de preto, Matilda ao centro e Matti: Echo Ladies em 2015 (fonte: Facebook da banda)

Vocês disseram que as bandas que tiveram antes do Echo Ladies não deram muito certo. O que fez vocês acharem que o trio era a formação certa? O que aconteceu na primeira vez que ensaiaram juntos para ter essa certeza?  
EL: Nós sempre nos demos muito bem. Pensamos parecido e temos gostos parecidos para algumas coisas. Então, sempre foi muito fácil criar músicas juntos. Nós sempre concordamos com tudo. A maior discussão que tivemos até hoje foi sobre a arte da capa de “Pink Noise”, cada um estava encrencando com um detalhezinho diferente. Por isso a capa foi refeita várias vezes, mas no final ela ficou linda. Nós sempre achamos que é muito importante ouvir o que cada um tem a dizer.

Qual é a coisa mais chata de responder a entrevistas? Qual a opinião de vocês sobre o jornalismo musical de hoje em dia?
EL: Alguns jornalistas acham que toda banda tem que ter uma figura principal, um líder, mas nós somos um grupo, respondemos igualmente. Alguns jornalistas não conseguem aceitar isso. 

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Rodrigo Lariú
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Autores

Autor: Rodrigo Lariú
começou a fazer o midsummer madness em 1989, deu um tempo e voltou a fanzinar. Adora documentários, história, aviação comercial antiga, trabalha em televisão e em produtoras, vascaíno praticante.
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Criado no inverno carioca de 1989, o fanzine midsummer madness teve 9 ou 10 edições impressas. Em 1994 se transmutou na gravadora independente de mesmo nome - saiba mais em mmrecords.com.br Atualmente é tudo isso e um pouco mais, com a ajuda de amigos.
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