Fufanu era um dupla de DJs que virou uma banda em 2015 ao adicionar um guitarrista e um baterista. A partir disso os islandeses começaram a fazer um eletro-rock simpático. “Sports” é o 2º álbum deles, lançado em setembro de 2016 pela One Little Indian, mesma gravadora inglesa que revelou os conterrâneos Sugarcubes lá no final dos anos 80. Mas não espere uma vocalista fofa e carismática, muito menos pop rock. Fufanu deve agradar fãs de Kraftwerk, Spacemen 3, Ladytron e similares. O vocalista Kaktus Einarsson e o guitarrista e programador Guðlaugur Einarsson (parentes? não consegui descobrir) se juntaram a Nick Zinner do Yeah Yeah Yeahs para produzir “Sports”.
O disco abre com a faixa título, que vai muito bem ao derivar para os drones do Spacemen 3 e Suicide enquanto “Gone For More” mostra o lado mais pop da banda, se chegando pros lados de um Depeche Mode com vocais em primeiro plano e palminhas acompanhando as batidas. Até ai você fica na dúvida se deve continuar escutando ou não. “Tokyo” e “White Peebles” seguem calminhas, com detalhes de guitarra e voz que lembram The Cure.
“Just Me”, já na metade do álbum, é bem pop, ao estilo do que andam fazendo Peter Bjorn & John. Só que o Fufanu pesa a mão no baixo, trazendo uma atmosfera mais enfumaçada para a pista de dança. Não dá pra chamar de gótico, mas é menos divertidinho que os suecos. Entendeu o meio termo? Se não, pula pra próxima faixa.
Entendeu o quê existe entre o tecnopop e o eletro-rock? “Liability” deve a vida à Kraftwerk mas tem um quê de DEVO ao mesmo tempo que as programações são OMD. E o baixão à la Killing Joke continua lá.
“Bad Rockets” é meio Blur, tanto nos vocais como nos arranjos. Sabe “To The End”? É isso. As duas músicas seguintes não fazem muita diferença e você quase desiste do disco até que chega última e sugestiva “Restart”, com samplers e teclados hipnóticos que vão crescendo e deixam uma sensação de que o álbum poderia continuar. Dai você volta ao início e ouve de novo… “Sports” vai melhorando a cada audição.
Segundo disco da banda de Reykjavik, Islândia, que faz um eletro-rock com escorregadelas pro tecnopop. Produzido por Nick Zinner do Yeah Yeah Yeahs