Martin Phillipps (o rapaz mal encarado da foto acima) fundou o The Chills em Dunedin, Nova Zelândia, em 1980. Influenciado por Velvet Underground, Television, pelo punk e pós-punk inglês, a banda lançou pequenos tesouros com guitarras limpas e “cozinha” simples que influenciaram a C86 inglesa. The Pastels, Teenage Fanclub, Orange Juice – todos fãs do Chills.
Outra marca registrada da banda foram as constantes mudanças de formação ao longo dos anos, com mais de 30 integrantes tocando com Martin. Pessoa difícil? Gênio solitário? Deve ser isso que o documentário tenta descobrir.
Quando Chills surgiu, as primeiras músicas foram lançadas pelo lendário selo Flying Nun. O single “Pink Frost” trouxe reconhecimento mundial para a banda, que em 1987 gravou seu 1º disco, “Brave Words”.
Em 1990, “Submarine Bells” saiu pela Warner (via Slash) e, obviamente, o resultado comercial não agradou aos businessmen da multinacional. De volta à Flying Nun, Martin lançou outros três álbuns até a parada em 1996.
A trajetória da banda traz outras pequenas tragédias, como o falecimento do baterista Martyn Bull de leucemia ainda em 1983, as dificuldades de Phillipps em lidar com seu vício em drogas injetáveis e a incerteza que as constantes mudanças na formação traziam. Entre os companheiros de banda de Martin estão nomes do XTC, Fairport Convention, The Verlaines e até do Luna.
O documentário “The Chills: The Triumph & Tragedy of Martin Phillipps” será lançado dia 02 de Maio, inicialmente nos cinemas da Nova Zelândia. Como vai ser difícil alguém aqui ir até a Nova Zelândia, este é um daqueles documentários musicais que você tem que deixar anotado no caderninho para dar um jeito de assistir.
Dirigido por Julia Parnell e Rob Curry, o filme conta como, aos 54 anos e diagnosticado com hepatite do tipo C, “enfrenta seus demônios e tenta realizar suas ambições musicais antes que seja tarde demais“.
Recentemente, em 2015 e 2018, The Chills lançou discos com músicas inéditas.