O irlandês Sean O’Hagan é aquele tipo de cara que toca em meio mundo de bandas. Mas você já deve ter ouvido falar dele como integrante do Stereolab. Sim, ele participou de todos álbuns da banda, de 1993 até 2010. Curiosamente, Sean não faz parte destes shows de reunião do Stereolab em 2019… vai entender.
A carreira de Sean O’Hagan começou lá nos anos 80 com a insossa Microdisney, talvez a 3ª banda mais famosa das colaborações de Sean. A banda irlandesa teve 4 álbuns entre 1984 e 1988 e um deles, “The Clock Comes Down The Stairs” (1985) chegou a ser lançado no Brasil. Quando o Microdisney acabou, Sean lançou seu 1º disco solo, intitulado “High Llamas” (1990).
Não, eu não errei. Sean lançou um álbum solo e logo depois, em 1992, montou uma banda chamada The High Llamas pela qual lançou 10 álbuns entre 1992 e 2016. Eu sou particularmente fã do álbum “Gideon Gaye” (1994). Escute a 5ª faixa, “Checking In Checking Out”, eu costumava tocar nas madrugadas da extinta festa Maldita, no Rio de Janeiro.
Então teve álbum solo chamado High Llamas e depois banda chamada High Llamas. Porque ele não escolheu um nome diferente para banda? Sei lá, para complicar mesmo.
Sean ama o Brasil. Ele tem uma coleção de músicas e colaborações com Tom Zé, Domenico Lancelotti, Gilberto Gil, Elza Soares, Vanessa da Matta e The Gilbertos.
Agora, Sean vai pegar o fio da meada lá de 1990 e lançar seu 2º disco solo, sem ser High Llamas: “Radum Calls, Radum Calls” sai dia 25 de Outubro pela Drag City. A novidade é que Cathal Coughlan, ex-parceiro de Microdisney (e também ex-Fatima Mansions, quem lembra disso???) participa deste disco solo.
Qual a diferença entre um álbum do High Llamas e um disco solo de Sean eu não faço a menor ideia. Mas se você gosta de Beach Boys, Steely Dan e algo com bastante influência 60s brasileira, vale dar uma conferida no extenso trabalho de Sean.
O disco novo já tem um single: