Caramba, já é Fevereiro! E daqui a pouco já é carnaval! Quando você se der conta, já começou o draminha de melhores do ano de novo… Para facilitar a sua vida, a gente separou algumas bandas legais que estão lançando singles, EPs e prometem discos novos para 2019. Ai vai mais uma edição da Indieca!
Chris Cohen
Quando lançou seu 2º álbum “As If Apart” em 2017, a gente colocou Chris em 2º lugar, atrás apenas do Whitney. Chris (na foto lá em cima) tem estória com uma pá de bandas legais, olha só: guitarrista na The Curtains, no Deerhoof, gravou bateria e guitarra em discos do Ariel Pink e produziu disco de 2016 da Weyes Blood. Pode considerar Chris um destes novos gênios. “Green Eyes” é um dos primeiros singles de seu 3º álbum intitulado “Chris Cohen” que sai no final de Março pela Captured Tracks.
Swine Tax
Formado em 2017, o trio de Tyneside (Norte da Inglaterra) chegou até a gente com essa descrição do blog The Line of Best Fit: “O país precisa desesperadamente de músicas política e socialmente conscientes, e o Swine Tax está liderando o caminho”. A letra de “Conversation”, que foi lançada antes do Natal, fala justamente da dificuldade de lidar com familiares e amigos que te inundam com desinformação política. O som lembra Pavement e The Fall.
FUR
Essa música parece Strokes né? Strokes com um vocal meio caipira norte americano. Mas o FUR é inglês, de Brighton e prefere se comparar a Brian Wilson e Prefab Sprout. O quarteto lança seu 1º EP dia 14 de Fevereiro via Nice Swan. Muita expectativa em cima da banda pois o 1º single “If You Know That I’m Lonely” lançado em vídeo no YouTube há um ano atrás já passou das 4 milhões de visualizações. E parece que o vídeo custou £100 (mais ou menos R$500).
Mike Krol
Assim como Chris Cohen, Mike Krol é de Los Angeles. O primeiro disco dele saiu em 2011 e se chamava “I Hate Jazz”. O 4º álbum vai se chamar “Power Chords” e sai em breve pela Merge (do Superchunk). Com estes títulos, acho que dá para ter uma ideia do som né?
Julia Jacklin
Australiana de 29 anos, filha de professores quase hippies, Julia lança seu 2º álbum “Crushing” no final de Fevereiro pelos selos Polyvinyl e Transgressive. A voz quase rouca é aconchegante, apesar do tema do disco ser o estranhamento do ambiente em volta e a busca pelo próprio espaço. Tá no site dela: “Esse álbum vem de 2 anos em turnê e de 2 anos num relacionamento onde você sente que nunca tem seu próprio espaço“.
Pool Holograph
Quarteto de Chicago, formado em 2010 por Zach Stuckmann (baixo), o designer, pintor e guitarrista Wyatt Grant, e os irmãos Jake (bateria) e Paul Stolz (guitarra). Curioso é que na faixa “Contours” você jura que tem uma mulher cantando, poderia até ser a Kim Gordon. A banda já abriu shows para Cherry Glazerr, Carseat Headrest, Spiral Stairs.
Beverly Kills
Quarteto de Gotemburgo, Suécia, mesma cidade do Jens Lekman. Só que a praia é bem diferente: lembram vagamente outros suecos, o Radio Dept e os canadenses Alvvays, principalmente o vocal de Alma.
Le SuperHomard
é um quinteto francês, formado em 2014 por Christophe Valliant, com um mini-álbum (“Maple Key”) lançado em 2016 pelos selos Rallye (JP), Mega Dodo (UK) e Jigsaw (EUA). Agora eles assinaram com a Elefant Records (Espanha) e o disco de estreia, “Meadow Lane Park”, sai no final de Fevereiro. Se você gosta de Stereolab, Broadcast, Cardigans antigo e afins, vai curtir.
Sunnbrella
nascido em Praga (República Tcheca) mas vivendo em Londres, David Zbirka toca em bandas que você nunca ouviu falar. Sunnbrella é o seu projeto solo, uma espécie de dream-pop que ele gosta de chamar de bedroom-pop já que foi gravada em casa, num Tascam de 4 pistas. Via email, David nos disse que “Nick Hornby é a canção mais dançante que eu já fiz até agora“. Novo EP, intitulado “Wanted Time”, foi lançado no final de janeiro em fita cassete.
Cathedral Bells
mais um projeto de bedroom-pop. O culpado por estas faixas com cara de New Order, Postal Service e (de novo) Radio Dept é Matt Messore, da Flórida (EUA). Messore lançou no começo de Fevereiro um EP com 6 músicas em fita cassete pela Good Eye Records.
Fawns of Love
quando entra a bateria eletrônica você pensa na hora: New Order. Dai na sequência, em vez dos vocais gelados, Jenny Andreotti canta inspirada em Cocteau Twins e Slowdive. O casal Joseph e Jenny Andreotti lançou no começo desse ano “Permanent”, um dos fortes concorrentes a melhores de 2019.
Mesa Luna
o projeto do multi-instrumentista e compositor de Vancouver (CAN), Justice McLellan. Continua na mesma linha dream-pop, shoegaze das bandas anteriores, só que com guitarras mais ensolaradas, tipo Smiths e Real Estate. O disco de estreia “Lash” sai no final de Março.
Llollyanna
apesar do nome, Llollyanna é um novaiorquino que lança umas músicas aqui e ali. Quando ouvi “Down By Design” achei que estava ouvindo um promissor quarteto shoegazer. A surpresa de descobrir que estas músicas são o trabalho de uma única pessoa e que não existe nenhuma vocalista chamada Lollyanna, me deixaram ainda mais instigado. Um álbum deve ser lançado em 2019.
Bethany Curve
talvez você já conheça a banda de nome. Sim, estamos falando da mesma banda shoegazer que começou em 1994, quando o Mundo já havia virado as costas para o gênero. Parece que eles estão atrasados de novo, agora que Ride e Slowdive já voltaram e lançaram seus discos. Mas “Frontier” poderia sair em qualquer época que continua sendo um belo exemplar do gênero. Em breve, uma entrevista com a banda aqui no zine.
Lucille Furs
transporte-se para a Califórnia dos anos 60 com o som desse quinteto de Chicago. Eles avisam que você pode comparar com Zombies ou Temples que vai dar certo. Formado em 2016, com um álbum lançado em 2017, a banda lança o 2º disco, “Another Land”, pelo selo francês Requiem Pour Un Twister.
Ian Brown
não precisa de apresentações: o vocalista do Stone Roses está lançando seu sétimo álbum solo, “Ripples”.
The Telescopes
outro que não precisa de apresentações: Stephen Lawrie chega ao seu 10º disco, um pouco mais distante dos barulhos e do white noise, um pouco mais próximo do clima triste e contemplativo do 2º disco, um dos meus prediletos.